“Top Strategic Tecnology Trends 2023” é o ranking de tendências da Gartner com as 10 tecnologias de maior impacto no mundo dos negócios para os próximos três anos. Até ao final do ano, vamos publicar todas as semanas, na Líder, duas tendências.
Plataformas de engenharia
Para ajudar developers, data scientists e utilizadores, e reduzir a fricção do trabalho indispensável que fazem, algumas empresas começaram a criar plataformas de operações que se encaixam entre o utilizador e os serviços de apoio de que dependem, o que ajudará a acelerar os processos digitais.
Estas plataformas fornecem uma série de ferramentas, competências e processos selecionados por especialistas e são formatadas para que sejam de fácil utilização para os clientes.
O objetivo é que haja uma experiência “self-service” sem fricções, que oferece as competências corretas para capacitar os utilizadores a realizarem as suas tarefas corretamente, aumentando a sua produtividade e reduzindo o seu cansaço psicológico e cognitivo.
A plataforma deve incluir tudo o que as equipas precisam, e devem ser apresentadas da forma que melhor se adequa ao workflow de cada organização.
Como pôr em prática?
– Começar por portais internos de developers (IDPs). Focar na construção de plataformas em IDPs, já que estes são os mais bem compreendidos de todas as plataformas. Estas experiências serão extensíveis para outras plataformas no futuro.
– Incorporar segurança nas plataformas para garantir o workflow. As equipas de segurança da organização necessitam de implementar controlos de segurança o quanto antes no processo de construção. Os engenheiros de plataforma devem, pois, garantir que há segurança compreensiva e automatizada nos seus testes.
– Não esperar que plataformas pré-feitas cumpram com as necessidades da sua organização. Será necessário despender de tempo e esforço para customizar a plataforma até que tenha todos os requisitos que pretende.
Um exemplo prático
A Nike construiu “plataformas combináveis” que unem “capacidades de negócios globais estrategicamente relacionadas, que são implementados por tecnologias modulares e combináveis expostas por meio de APIs”.
A marca considera que a plataforma permite que tenham uma resposta mais rápida à mudança, que consigam acompanhar o mercado, e que aumentem a escalabilidade e diminuam os custos das operações.
Valorização do Wireless
A integração de várias tecnologias wireless fornece uma solução mais económica, fiável e escalável em termos técnicos, que reduz as despesas de capital.
A valorização do wireless cobre tudo desde a computação para o consumidor final tradicional, através de apoio a dispositivos como drones, câmaras de vigilância e empilhadores, até soluções de marcação digital.
Todos vão precisar de conectividade para operar e requerem um espectro de soluções wireless para cobrir todos os cenários e ambientes. As redes vão deixar de ser só uma conectividade para se tornarem uma fonte de valor para o negócio.
O wireless está a transitar de uma tecnologia de comunicação para uma plataforma de inovação digital mais abrangente.
Como pôr em prática?
– Planear uma estratégia de infraestruturas inteligentes, começando por selecionar as tecnologias e os fornecedores certos para entender que soluções conseguem acomodar e gerir cinco ou mais sistemas de wireless do futuro;
– Educar parceiros de negócio relativamente ao novo potencial da tecnologia de wireless. Colaborar com estes para identificar oportunidades de inovação que levem a novos produtos e serviços digitais;
– Promover a padronização da conectividade e da segurança de elementos que, como componentes interoperáveis, criam uma base central sólida, segura e resiliente para dispositivos e aplicações wireless.
Um exemplo prático
A Bosch-Siemens usa sensores ultrassónicos para controlar empilhadores em tempo real. Além de eliminar os acidentes, houve uma redução de 98% em erros, e um aumento de 10% na produtividade.
A tecnologia está a ser implementada em dois milhões de metros quadrados de produção e armazéns, com sensores em 250 empilhadores e 500 indivíduos.