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As mulheres e o trabalho: ser e ter liberdade, liderança e ambição

As mulheres e o trabalho: ser e ter liberdade, liderança e ambição

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10 Abril, 2024 | 13 minutos de leitura

Duas mulheres, duas perspetivas que partilham ideias e refletem sobre os desafios, ainda persistentes, do género feminino que se espraiam para fora das fronteiras de uma empresa ou organização. Ana Rita Xavier é Principal Marketing Specialist da Medtronic e Carla Moscoso é Area Leader TAX da MC Sonae.

Uma dupla de conversas parte das mesmas perguntas, onde dois pontos de vista convergem para o foco do papel das mulheres, em contexto empresarial e para além dele, num Mundo que ainda revela uma enorme diferenciação na assunção de direitos e liberdades entre homens e mulheres.  Hoje publicamos a terceira conversa, de um conjunto de seis, que fazem parte do projeto editorial Promova | Líder. A celebração do Dia Internacional da Mulher, a 8 de março, serviu de mote para o diálogo que se segue.

Ana Rita Xavier
Carla Moscoso

Por que ainda faz tanto sentido celebrar o Dia Internacional da Mulher?

Ana Rita Xavier (ARX): O progresso no desenvolvimento sustentável da igualdade dos direitos entre homens e mulheres é inegável, mas continua a ser crucial relembrar que ao ritmo atual de progresso, serão ainda necessários 286 anos para colmatar lacunas na proteção legal e eliminar leis discriminatórias; 140 anos para que as mulheres estejam igualmente representadas em posições de poder e liderança no local de trabalho; e pelo menos 40 anos para alcançar uma representação igual nos parlamentos nacionais (relatório ONU mulheres, 2022).

É importante que haja um dia que dê voz a estes factos, que nos faça parar enquanto sociedade e refletir. A responsabilidade não recai apenas sobre empresas, gestores ou políticas governamentais; é uma questão social e educacional com a qual todos nós, individualmente, nos devemos comprometer. A igualdade de géneros e direitos da mulher vai obviamente muito além do contexto profissional. Mas, se por momentos nos focarmos na dimensão profissional e na lacuna em termos de representatividade em posições de poder e liderança, é urgente termos mais exemplos de liderança no feminino, capazes de inspirar outras mulheres e de as fazer relacionar-se com modelos e perfis de liderança diversos. É crucial mudar o mindset, quebrar ciclos viciosos e comportamentos que são tolerados, mas não são aceitáveis. Simultaneamente é necessário capacitar as mulheres, dotando-as de confiança nas suas capacidades, enquanto se garantem contextos que assegurem e promovam a diversidade na liderança, reconhecendo verdadeiramente (ao ponto de a normalizar) que a diversidade é enriquecedora.

 

Carla Moscovo (CM): As mulheres e homens têm a mesmas condições à nascença, mas a sua vida é muito desigual e esta desigualdade vai-se acumulando com o decorrer da vida, com um pendor claramente mais desfavorável para as mulheres. Por exemplo, é comum ouvir dizer-se que as mulheres vivem mais tempo, brincando-se até com o assunto, mas raramente se afirma que os homens têm uma vida mais saudável. E porque será?

O Dia Internacional da Mulher continua a ser uma data significativa, pois celebramos, ao longo da história, a conquista das mulheres pelos direitos, liberdades e garantias, tanto no plano social, político, económico e cultural, de que é exemplo a conquista do direito voto, do acesso à educação e a determinadas profissões e desportos ditos de homens, do direito ao divórcio, ao planeamento familiar e ao aborto. É inegável que as mulheres têm desempenhado um papel fundamental na transformação do mundo e na promoção da paridade de género, e em Portugal demos um grande salto qualitativo nestes últimos 50 anos. Mas também é inegável que ainda há muito caminho para percorrer. Em Portugal, o salário médio de uma mulher, para as mesmas funções, é inferior em 16% ao de um homem, e as mulheres continuam a ter menos oportunidades de acesso a posições de liderança (apenas um em cada 10 cargos de gestão é ocupado por mulheres) e uma mulher CEO assemelha-se a um unicórnio. Socialmente, as mulheres continuam a estar sujeitas a maior vulnerabilidade, e em Portugal, as mulheres são a maioria da percentagem que recebe o rendimento mínimo garantido, o que acarreta um maior risco de pobreza. É verdade que já temos no nosso ordenamento jurídico uma Lei de Paridade, mas também é verdade que a prática é muito diferente do que já está expresso na letra desta lei e transformá-la em realidade, é difícil. Temos uma “igualdade” escrita, mas todos continuamos a resistir à mudança.

É certo que progresso não feito em linha reta e a realidade é diferente em diversos pontos do planeta, mas será que estamos a vivenciar um retrocesso nesta tentativa de implementar a paridade ? Parece-me que não há histórias únicas, mas sinto uma certa conformação social e regras sociais que tem vindo a perpetuar a discriminação e que tem eco nas tendências internacionais. Enquanto houver uma mulher no mundo que seja vítima de preconceito e discriminação, uma mulher maltratada, humilhada, ofendida e a não poder lutar pelos seus direitos básicos, sim, para mim fará sentido continuar a celebrar o Dia Internacional da Mulher. O World Economic Forum estima que são precisos 132 anos para que se consiga atingir a paridade de género, e se porventura esse dia chegar, fará então sentido celebrar esta data, apenas como uma memória distante. Por último, e muito pessoalmente, este dia será por mim sempre celebrado, pois é o dia de aniversário de uma pequena grande Mulher: a minha filha Teresa.

 

Há 50 anos Susan Sontag escreveu: «As mulheres têm outra opção. Podem aspirar a ser sábias e não apenas simpáticas; competentes e não apenas prestáveis; fortes e não apenas graciosas.» Concorda?

ARX: Concordo em certa medida. Acho que acima de tudo nós as mulheres, ou qualquer ser humano, deveríamos ter a opção de ser o que queremos e ambicionamos, com liberdade de escolha e sem grilhetas sociais e educacionais, mas estando também plenamente conscientes de que não temos de ser tudo. Entendo a citação como uma bandeira do empoderamento feminino que, por vezes, nos coloca numa posição de extrema pressão, a pressão de sermos tudo e de sermos perfeitas: mulheres, mães, profissionais de excelência em todas as vertentes! Na verdade, considero extremamente importante termos, enquanto mulheres, acesso pleno ao universo de oportunidades, mas também é igualmente importante que se normalize o facto de que as escolhas devem e têm de existir, para que sejamos seres equilibrados e, na verdade, mais plenos. E a famosa história de ‘o que fica ou não fica bem’ a uma mulher são questões que, socialmente e educacionalmente, nos moldam, reprimem e confundem. Precisamos de liberdade para ser e para não ser o que bem entendermos, liberdade para nos sentirmos bem na nossa pele.

CM: Quando li esta frase, veio-me à cabeça uma outra, proferida maioritariamente por homens: «Mas o que é que elas querem mais?». Não quero afirmar que quem o faz é profundamente ignorante, mas só posso considerar que é profundamente maldoso. E assim, a autora  destaca a importância de as mulheres puderem ter opções e aspirações que vão para além das expectativas tradicionais associadas ao género feminino, tanto mais que a falta de paridade é transversal a todos os níveis sociais e graus de educação, e parece-me que ainda vivemos numa crença milenar de que o homem simboliza a “razão” e a mulher está, ou deve estar, mais ligada ao “sentimento”.

As mulheres, tal como os homens, devem vencer por aquilo que são e não por aquilo que os outros querem que elas (eles) sejam. Nesta perspetiva, dá-se destaque à luta pela paridade de género e pelo fortalecimento do sexo feminino, incentivando as mulheres a esforçarem-se para alcançar o seu pleno potencial, desafiando as normas sociais restritivas. Pessoalmente, concordo totalmente com a  visão da autora, dado que o sexo não pode definir a competência, a sabedoria ou força de cada um. Aliás entendo que as mulheres sempre tiveram todas  estas capacidades, simplesmente tal não lhes foi, e ainda não é, socialmente reconhecido. As mulheres devem ser e expressar, sem medo e sem repressão, todas as capacidades que tenham. E essas capacidades devem ser-lhes reconhecidas, da mesma forma que já o são aos homens, sem preconceitos e sem que lhes sejam retiradas as oportunidades de o demonstrar.

 

Que conselho daria hoje ao seu ‘eu’ mais novo?

ARX: Acredita em ti, conhece-te melhor e give yourself a break. A autoconfiança, o auto-conhecimento e ser gentil comigo continuam a ser um work in progress. Acredito que procurar pro-ativamente desenvolver networking de suporte, mentoria ou coaching, nos contextos onde nos movimentamos, é fundamental e gostava de o ter começado a fazer muito mais cedo.

CM: Só posso aconselhar-me a ser persistente e verdadeira, a não me afastar do que sou e a continuar a lutar com toda a minha convicção  pelas minhas aspirações. E para mim são exemplos desta luta pela evolução da Humanidade,  Mulheres como Indira Gandhi,  Madre Teresa da Calcutá, Margaret Thatcher, Vera Lagoa, Natália Correia, Leonor Beleza e Helena Sacadura Cabral.  E devo  continuar a defender o melhor possível «O Ser Mulher»,  e aproveitar o legado destas e de outras grandes Mulheres. Aconselhar-me-ia também a chamar mais vezes os homens para esta luta de win win pelos Direitos Humanos, que deve ser conjunta e sem esmorecimento, pois afinal todos queremos uma vida melhor e de qualidade.

 

Que ensinamentos deixa para outras mulheres?

ARX: O autoconhecimento para mim foi fundamental, dotou-me com ferramentas muito importantes para lidar melhor com o meu eu e desmistificar crenças e mitos. Ao compreender as nossas próprias motivações, emoções e pontos fortes e termos uma clara priorização dos nossos valores e princípios fundamentais, navegamos melhor em diversos contextos da vida, incluindo o empresarial. O processo de autoconhecimento deveria ser contínuo, e é desafiador, uma vez que também nos confronta com os nossos medos e limitações. Contudo, pode transformar a nossa jornada pessoal e profissional de maneiras surpreendentes.

CM: Parece um cliché, mas na verdade é fundamental não desistir, honrando o legado de outras mulheres, no que já conquistaram para esta minha geração,  mas também saber estar à altura desta responsabilidade e saber lutar com toda a sabedoria, competência, resiliência e convicção. Mas deixo também, e por ora, um sentimento de tristeza quando vejo e sinto alguma falta de solidariedade feminina. Parece que somos concorrentes na validação masculina, o que nos faz olhar para as outras mulheres como adversárias, quando devíamos fomentar o sentimento de  partilha. Há ainda um preconceito feminino, o que torna que as mulheres sejam mais fragilizadas em termos de “olhar social” e que devemos erradicar. E deixo um sentimento de agradecimento a outras mulheres, do passado  e do presente, pela luta travada  para alcançar muito do que hoje tomamos como garantido, sem nunca  esquecer que a luta pela paridade de género está longe de terminar. Todos, mulheres e homens,  devemos continuar a combater pela paridade de género, com integridade.

 

Como lida com o erro?

ARX: Não gosto de cometer erros, mas aprendi a reconhecer que fazem parte do caminho de aprendizagem. Vários fatores têm contribuído para esta perspetiva. Por um lado, a minha formação base, que é engenharia, que parte muito do princípio de tentativa-erro; aprendi a importância de ouvir e recolher feedback de forma contínua, nos vários processos de decisão, reconhecendo que todos temos blindspots; e quando o erro acontece, analisar de forma natural (mas consistente) o que nos levou ao erro, sem a palavra culpa. Nos contextos empresariais atuais, a cultura do erro é cada vez mais valorizada. Entender que errar é parte integrante do processo de inovação e desenvolvimento, permite-nos abraçar os desafios com mais coragem, dá-nos mais confiança para sair da zona de conforto. Adotarmos uma mentalidade de crescimento (growth mindset) e aprender com cada erro, torna-nos profissionais mais resilientes e eficazes.

CM: Com seriedade e, às vezes, muito mal. Se erro em algum detalhe, por muito pequeno que seja, sinto uma grande critica interior por ter acontecido algo que não fui capaz de controlar. Lidar com o erro é inevitável, mas para mim muito desafiante, porque sou muito exigente e procuro sempre a combinação da honestidade e a abertura de espírito para a aprendizagem, numa atitude compassiva, não só em relação a mim, mas também aos que estão à minha volta e que lidam comigo diariamente.  Os erros acontecem, e sei que esse mesmo erro não define a minha identidade, ou o meu valor, e tento identificá-lo, analisar as suas consequências e possíveis soluções. A capacidade de recuperar deste mesmo erro (por mais que custe), a persistência para conseguir seguir em frente e o foco nas soluções, permite-me aprender e fazer com que no  futuro não se repita. Ao sermos capazes de abordar o erro com maturidade e resiliência, transformamo-lo numa oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal.

 

Notas Biográficas

Ana Rita Xavier conta com um percurso de 17 anos no setor de saúde com uma perspetiva sólida sobre as diferentes fases do ciclo de vida do produto. A resolução de problemas tem sido uma constante ao longo deste percurso onde descobriu genuinamente o gosto de resolver problemas complexos, envolvendo diversos stakeholders, antecipando necessidades, desafiando mindsets e prevendo o impacto das soluções criadas.

Carla Moscoso iniciou a sua experiência profissional como auditora interna da Sonae em 1993.  Em 1994, depois de convidada para mudar para área fiscal do Grupo Sonae, decidiu abraçar este desafio e hoje ocupa o cargo de Tax Area Leader no Grupo Sonae, sendo responsável pela área de tax consultancy e tax inspection. Tem, em conjunto com a sua equipa, contribuído para as boas práticas tributárias que sempre pautaram os procedimentos do grupo Sonae e para o desenvolvimento da liderança no feminino.

 

Promova

O Promova é um projeto coordenado pela CIP e desenvolvido em parceria com a NovaSBE que promove a igualdade de género no acesso a altos cargos de direção em organizações privadas. O Promova quer contribuir para aumentar a presença de mulheres na atividade empresarial portuguesa, em funções de gestão de maior responsabilidade, diversificando as perspetivas na tomada de decisões estratégicas das empresas. O projeto já vai na 4ª edição, com 72 empresas, 129 participantes e uma taxa de promoção de 49%. Apoiam financeiramente a ANA-Aeroportos de Portugal, EDP, Gilead, Randstad, Sogrape e Sonae.

Leia as entrevistas anteriores:

Tendências RH: tecnologia, capacidade de escolher perfis e o ‘esquecimento’ do escritório

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