De acordo com os dados da IDC, hoje revelados no evento FutureScape 2022, os investimentos diretos em transformação digital vão acelerar para um crescimento anual médio de 16,5%, no período de 2022 a 2025, um valor acima daquele inicialmente previsto – 15,4% para o período 2019 a 2024.
Apesar da quebra histórica do PIB em 2020, de quase 5%, o mercado de Tecnologias de Informação (TI) cresceu cerca de 3% a nível mundial. Em Portugal, onde a quebra foi maior, cerca de 10%, o mercado de TI cresceu quase 2%. E os números ainda são mais reveladores. “Para além de mais de 50% do PIB já ser influenciado pelo digital, pela primeira vez na história verificamos uma correlação inversa entre as TI e a economia”, afirma Gabriel Coimbra, Group Vice President da IDC e diretor-geral da IDC em Portugal.
No entanto, a falta de recursos tecnológicos será um dos maiores problemas dos próximos anos. Considerando apenas as profissões Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) atuais, a consultora prevê que até 2025, 90% das organizações europeias terão falta de recursos, apontando para a escassez de 1,15 milhões de profissionais na Europa Ocidental.
Ainda assim, os dados mostram que o mercado de TIC crescerá 5% ao ano, entre 2021 e 2025, com um aumento de dois dígitos ao nível da 3ª plataforma (Cloud, Mobile, Big Data e Social) e aceleradores de inovação (IoT, AR/VR, Robótica, AI).
Em 2023, 60% das organizações europeias priorizarão investimentos digitais para metas relacionadas com a sustentabilidade, o que irá gerar mais de 50 mil milhões de investimento.
Na análise a mais de 2000 startups portuguesas, um valor 13% acima da média europeia, o investimento nestas empresas com DNA Português cresceu mais de 100%, e ultrapassou os mil milhões de euros em 2021. Atualmente os 7 Unicórnios nacionais já valem mais do que um terço do PIB português.
A procura de soluções de cloud computing ultrapassou os 300 milhões de euros em 2021, valor que corresponde a um crescimento de 24,2%, face ao período homólogo.
Até 2025, para conseguirem responder a requisitos de desempenho, segurança e conformidade, 60% das organizações implementarão serviços dedicados cloud, e 55% das organizações terão migrado os seus sistemas de proteção de dados para um modelo centrado na nuvem.
Quanto à cibersegurança e ameaças digitais, as pesquisas mostram que até 2024, 33% das PMEs irão sofrer fortes disrupções todos os trimestres, o que irá causar interrupções nos negócios de pelo menos uma semana por trimestre. Atualmente, cerca de 25% das organizações relatam semanalmente ataques aos seus sistemas. Os ataques de ransomware aumentaram mais de cinco vezes desde 2018.
E quanto às alterações no mundo do trabalho, que obrigaram as empresas a adotar novos regimes laborais e modelos de negócio, prevê-se que em 2023 as empresas europeias investirão mais de 130 mil milhões de euros na transformação do local de trabalho, de forma a acelerarem a paridade entre o local físico e o digital.