As profundas mudanças no mundo do trabalho e na sociedade vieram colocar o bem-estar dos colaboradores no centro das preocupações das organizações.
Se, por um lado, o mercado de trabalho está mais competitivo do que nunca, obrigando as empresas a encontrar soluções inovadoras que lhes permitam atrair e motivar o talento, por outro lado, os impactos da inflação pressionam as organizações a assumir um papel social, garantindo o bem-estar dos seus colaboradores em áreas críticas. E, com os preços da habitação em alta, naquela que é uma despesa difícil de cortar, muitas pessoas tentam compensar o orçamento sacrificando áreas essenciais, como a alimentação ou a saúde. A atestá-lo, o Banco Alimentar contra a Fome terminava o ano destacando o maior número de pedidos de ajuda por parte de pessoas empregadas.
Seja para atrair e motivar o talento ou para garantir liquidez em áreas críticas, os benefícios sociais são uma ferramenta cada vez mais pertinente. Estão associados a vantagens fiscais, permitindo aumentar o poder de compra do colaborador – em áreas que, tipicamente, representam uma grande fatia do seu orçamento – sem agravar a carga fiscal da empresa.
Que benefícios sociais deve uma empresa oferecer?
As pessoas não são todas iguais. Como tal, têm necessidades e valorizam coisas diferentes. O pacote de benefícios deve contemplar soluções flexíveis, com elasticidade para se ajustarem, e acompanharem, as diferentes fases e estilos de vida. Mas, para assegurar o bem-estar de todos os colaboradores, é importante as organizações garantirem que todos as pessoas têm:
- Subsídio de alimentação pago em vale social (cartão de refeição), uma vez que permite maximizar em 60% a liquidez para despesas com alimentação (face ao pagamento em numerário). Recorde-se que, apesar de o montante do subsídio isento em cartão refeição ser de 9,60€/dia, de acordo com um estudo realizado pela Netsonda para a Edenred, os portugueses recebem em média 5,77€/dia. Já o Barómetro FOOD 2023 dá conta de que, se recebessem mais, as pessoas melhorariam a qualidade das suas refeições e poderiam aumentar a quantidade de comida ao almoço, algo que teria claros impactos ao nível da melhoria da sua saúde e da motivação.
- Apoios à infância e educação dos filhos, contemplando benefícios como o Edenred Creche ou o Edenred Estudante, que, ao ajudarem a suportar despesas com creches, infantários, escolas, entre outros, contribuem para o bem-estar financeiro, psíquico e emocional do colaborador.
- Apoios à formação profissional, naquela que é uma das rúbricas mais valorizadas pelos colaboradores e que mais contribui de forma direta para o crescimento da empresa.
- Benefícios que aumentem o rendimento disponível para despesas de saúde. Sendo importante garantir que as pessoas têm acesso a produtos e serviços a preços mais baixos, é ainda mais relevante assegurar que têm liquidez para adquiri-los, cuidando efetivamente do seu bem-estar físico e mental. E há benefícios sociais, com vantagens fiscais para empresas e colaboradores, que permitem fazê-lo.
Por fim, é importante recordar que as soluções devem adaptar-se às novas exigências dos colaboradores, garantindo elementos como a digitalização a nível da gestão dos benefícios, a abrangência e facilidade de utilização, a privacidade da informação e a sustentabilidade. Neste capítulo, a escolha do parceiro certo é crítica.
Este artigo foi publicado na edição de primavera da revista Líder com o tema de capa Handle with Care – O Poder da Fragilidade. Subscreva a Líder aqui.