Durante uma sessão na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, divulgada ontem [4 de maio], o primeiro-ministro António Costa anunciou que Portugal irá doar 10 milhões de euros a uma iniciativa conjunta de investigação, desenvolvimento, produção e o acesso equitativo a vacinas, diagnósticos e tratamentos para a COVID-19.
Este valor destina-se a contribuir para a resposta global ao COVID-19, uma iniciativa promovida pela Comissão Europeia para reunir esforços de governos, empresários, fundações e cidadãos da União Europeia para recolher ao todo 7,5 mil milhões de euros.
Este contributo nacional para uma resposta europeia à pandemia tem origem em fontes públicas e também privadas, em que 1,55 milhões de euros vêm do Governo e 8,45 milhões de euros de empresas privadas e instituições.
Doações Empresariais Portuguesas
EDP – Energias de Portugal | 750 000 € |
EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres | 750 000 € |
Apifarma – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica | 500 000 € |
Associação Nacional de Farmácias | 500 000 € |
Banco Santander Totta | 500 000 € |
BPI – Banco Português de Investimento | 500 000 € |
CGD – Caixa Geral de Depósitos | 500 000 € |
Fundação Calouste Gulbenkian | 500 000 € |
Jerónimo Martins | 500 000 € |
Millennium BCP – Banco Comercial Português | 500 000 € |
Novo Banco | 500 000 € |
Sociedade Francisco Manuel dos Santos | 500 000 € |
Sonae | 500 000 € |
Galp | 300 000 € |
Imamat Ismaili | 250 000 € |
Fundação Champalimaud | 250 000 € |
Empresas privadas do setor da saúde: Mello Saúde (150 000), Luz Saúde e Multicare (150 000), e United Health (Hospital Lusíadas) (100 000) | 400 000 € |
Fundação Manuel António da Mota | 250 000 € |
Valor total | 8 450 000 € |
Esforço é mais do que financeiro
De acordo com o Governo, “além de uma significativa contribuição financeira, juntando o setor público e o privado, os centros nacionais de investigação e desenvolvimento e a indústria farmacêutica estão preparados para integrar parcerias internacionais nas três áreas cobertas pela iniciativa”.
Costa disse ainda que “esta pandemia é um desafio global e esses desafios só podem ter resposta à escala global.” O nosso sistema empresarial, em particular a indústria, está também a participar ativamente em todas as dimensões.
“Em relação a novas formas de diagnóstico, tanto o sistema científico, como o empresarial, têm sido particularmente ativos no desenvolvimento de materiais para diagnóstico e de novas metodologias de diagnóstico”, lembra.
Segundo o primeiro-ministro, Portugal está empenhado em fazer surgir novos mecanismos de testes (para uma fase mais avançada da pandemia) e ao nível da terapia.
© Paulo Vaz Henriques – Gabinete PM