A pandemia acelerou o presente e exacerbou a atuação da tecnologia. Os comportamentos sociais perante a sua utilização alteraram-se. Se antes a presença física era rainha, agora o remoto é a solução.
O que este novo e desconhecido presente nos trouxe foi a oportunidade de pararmos e (re)pensarmos os caminhos anteriormente tomados. E o que aconteceu?
Em matéria de Tecnologia, «alterou e acelerou decisões difíceis, como a adoção do trabalho remoto, mas as organizações com verdadeiros líderes possuem culturas fortes, valores partilhados, compreendem e valorizam o trabalho de equipa, compreendem o esforço de cada um e criam confiança», sublinha Cristina Rodrigues.
A CEO da Capgemini alerta para os riscos de obsolescência caso não se acompanhe a transformação digital e fala de perigos. Sim! «Os perigos existem, mas se os verdadeiros líderes não forem uma utopia, teremos crescimento ágil, eficiente e sustentado!»
E não nos podemos esquecer: «O recurso à tecnologia ajuda a criar processos mais mecanizados, mas o pensamento estratégico, as competências técnicas ou o pensamento criativo são inerentes aos humanos e a chave para a criação de relações», diz.
Auscultámos alguns líderes sobre o papel da tecnologia ao serviço da liderança. Cristina Rodrigues aceitou o desafio.
«Grande parte dos programas de educação, ainda hoje, continuam focados em formar gestores eficientes e não em desenvolver e capacitar líderes. Mas a realidade há muito que mudou e não foi por causa da pandemia. O que este “novo normal” nos trouxe foi a oportunidade de pararmos e (re)pensarmos os caminhos anteriormente tomados. E o que aconteceu?
Alterou e acelerou decisões difíceis, como a adoção do trabalho remoto, mas as organizações com verdadeiros líderes possuem culturas fortes, valores partilhados, compreendem e valorizam o trabalho de equipa, compreendem o esforço de cada um e criam confiança. A transformação digital, e a consequente modernização tecnológica, é incontornável há muito e quem não estiver atento, arrisca a obsolescência.
Mas a tecnologia per si não cria as mudanças tão necessárias e exigidas pelas gerações cada vez mais jovens e preocupadas com o futuro para si reservado. O recurso à tecnologia ajuda a criar processos mais mecanizados, mas o pensamento estratégico, as competências técnicas ou o pensamento criativo são inerentes aos humanos e a chave para a criação de relações. Os perigos existem, mas se os verdadeiros líderes não forem uma utopia, teremos crescimento ágil, eficiente e sustentado!»
[O testemunho foi publicado na edição n.º 12 da revista Líder.]