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Data with Purpose Summit (Parte I) : «As habilidades críticas e criativas pertencem-nos», diz Martin Anthony

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8 Maio, 2025 | 14 minutos de leitura

Com a inteligência artificial a evoluir a passos largos, surgem questões inevitáveis: perderemos postos de trabalho? Como pode a IA melhorar a saúde pública? Estará a riqueza ainda mais concentrada? A democracia sairá reforçada ou fragilizada? E que papel terá a educação num mundo cada vez mais automatizado?

Para Martin Anthony, Diretor do Data Science Institute da London School of Economics and Political Science, «as transformações económicas são vitais» e o impacto da IA «na forma como trabalhamos» será profundo. Mas, como relembrou, «a transição não é simples».

Na sua visão, profissões irão desaparecer, outras serão criadas, e muitas serão transformadas. Mas é essencial preparar as sociedades para este momento — com políticas públicas informadas e decisões baseadas em dados. «A informação poderá ajudar a criar políticas essenciais», referiu, apontando também que a IA poderá ser útil na governação, por exemplo na deteção de fraudes ou no reforço da transparência.

O Diretor subiu ao palco da Data with Purpose Summit, iniciativa da Nova IMS, em parceria com o Jornal Expresso e produção da Líder Events, realizou-se ontem no campus da reitoria da Universidade Nova em Campolide.

Sob o mote Mindshifting – for Better Lives, a edição deste ano reuniu cerca de 30 oradores nacionais e internacionais para refletir o papel dos dados na construção de um Mundo mais inteligente, ético e sustentável.

Da Inteligência Artificial aplicada à saúde, aos grandes desafios ambientais e económicos, o foco esteve nas decisões que moldam o presente e influenciam o futuro. A Ciência de Dados foi abordada em todas as suas vertentes: desde a capacitação de pessoas à promoção da inovação, passando pela necessidade de garantir que a tecnologia permaneça ao serviço da Humanidade – e não o contrário.

Com Madalena Lourenço (hostess e jornalista da SIC) a encaminhar os destinos do programa, o futuro foi o tema central. Pensado com propósito, construído com dados e em constante transformação.

Madalena Lourenço, jornalista da SIC

 

Uma transformação que pode mudar as democracias

Sob o tema The Future with AI and Data Science: Some Social Science Perspectives, Martin Anthony trouxe para o centro do debate não apenas algoritmos, mas também inquietações profundamente humanas.

Na sua visão, profissões irão desaparecer, outras serão criadas, e muitas serão transformadas. Mas é essencial preparar as sociedades para este momento — com políticas públicas informadas e decisões baseadas em dados. «A informação poderá ajudar a criar políticas essenciais», referiu, apontando também que a IA poderá ser útil na governação, por exemplo na deteção de fraudes ou no reforço da transparência.

A tecnologia, acredita, pode até contribuir para democracias mais inclusivas e participativas: «poderá criar mais interesse nos cidadãos, suportando as democracias e tornando-as mais efetivas.»

No campo da educação, Martin Anthony foi claro: devemos cultivar aquilo que as máquinas ainda não conseguem replicar. «As habilidades críticas e criativas pertencem-nos. As máquinas podem gerar arte, mas essa capacidade tem origem humana.» Para ele, a IA deve funcionar como aliada do professor, como tutor personalizado e adaptativo, potenciando a aprendizagem ao ritmo e interesse de cada aluno.

 

Caminhos da educação e algumas perspetivas das Ciências Sociais  

Miguel de Castro Neto, Dean da NOVA IMS, acolheu a audiência e apresentou uma visão centrada na articulação entre conhecimento académico, prática real e governação inteligente.

Em Future of Education, o novo paradigma pedagógico rompe com o modelo tradicional de sala de aula. A aposta está em metodologias híbridas, na integração de learning analytics e na criação de dashboards personalizados para cada diretor de área e programa de ensino. «O objetivo é conseguir entregar informação útil e em tempo real aos diferentes stakeholders» sublinhou o Dean.

A inteligência aplicada à vida urbana surge como pilar central da estratégia. Através de uma plataforma dinâmica de conhecimento e da ligação entre os laboratórios da Nova IMS e a realidade das cidades, a escola posiciona-se como motor de inovação para a governação integrada dos dados. A decisão é data-driven — orientada por evidência e focada em resultados.

Com este modelo, «a Nova IMS quer liderar a transição para uma educação mais conectada, mais ágil e mais alinhada com as exigências do século XXI», concluiu Miguel de Castro Neto.

Miguel de Castro Neto, Dean da NOVA IMS

 

Cruzar histórias com dados

Na mesa-redonda sobre Data Driven Innovation, moderada por Rita Rugeroni Saldanha, diretora de conteúdos da revista Líder, cruzaram-se histórias, experiências e visões distintas sobre o papel dos dados no mundo real. Mais do que algoritmos, falou-se de pessoas. E de como a intuição, aliada à ciência, pode transformar negócios, cidades e comunidades.

Filip Petrovski, CEO da Data Masters, lançou a discussão num timbre certeiro: «Não importa tanto quanta informação temos, mas o que fazemos com aquela que já está nas nossas mãos.» Para Petrovski, a chave está na ação: menos acumular dados, mais pensar com eles. «O desafio é sempre o mesmo — transformar dados em impacto. E isso só se faz com as perguntas certas.»

Frederico Cruz Jesus, cofundador da Home Sweet Sushi, foi a personificação prática dessa ideia. «Não sei como explicar que a minha formação em data me levou a vender arroz com peixe», disse entre sorrisos. Mas por trás da frase estava uma reflexão séria: «Há uma rivalidade absurda entre quem vem do mundo técnico e quem vem do empresarial. Isso não faz sentido — as duas linguagens têm de se complementar.»

Frederico Cruz Jesus sublinhou que os sistemas de dados, quando bem pensados, podem criar proximidade com o cliente e gerar decisões mais afinadas. «Claro que há espaço para intuição, mas também há limites — é preciso cuidado com os exageros.»

Callie Wentling, fundadora da Rede Rua, trouxe uma perspetiva de proximidade social: «Queremos ser um espelho do que acontece nas ruas, nos bairros — fazer o balanço entre o que é perceção e o que é definitivamente real.» A sua iniciativa usa dados em tempo real, notícias geolocalizadas e um trabalho de campo com comunidades locais para combater a desinformação e democratizar o acesso à informação. «Há responsabilidade em trazer informação às pessoas. E também em dar luz a quem decide localmente.»

Ivo Bernardo, presidente da NOVA IMS Alumni Association e cofundador da DareData, reforçou a importância de entender que dados relevantes variam de negócio para negócio. «Desenvolvemos soluções para outras empresas. A primeira pergunta é sempre: que dados interessam mesmo ao teu desafio?».

Para Ivo Bernardo, a intuição é também uma ferramenta técnica: «É assim que se encontram as particularidades mais raras de cada empresa.» E, claro, o lado humano continua central: «A velocidade de aprendizagem, a curiosidade e a capacidade de ligar os pontos – isso é que faz um engenheiro ser extraordinário.»

A conversa fechou com Filip Petrovski a regressar à ideia de ligação entre técnica e estratégia. «Um verdadeiro master of data não é só alguém que domina os números — é alguém que os transforma em decisões, com intuição e visão.» E deu um exemplo: «Como o Francisco ali sentado» — apontando para o público. «Fez as perguntas certas, conectou mundos distintos e percebeu que os dados só contam quando contam mesmo para alguém.»

Rita Rugeroni Saldanha (Líder), Filip Petrovski, CEO da Data Masters, Frederico Cruz Jesus, cofundador da Home Sweet Sushi, Callie Wentling, fundadora da Rede Rua, Ivo Bernardo, presidente da NOVA IMS Alumni Association e cofundador da DareData

 

Políticas públicas e privadas guiadas com ciência, não com fé

A seguir, uma flash talk curta, mas carregada de implicações. Pedro Simões Coelho, Professor Catedrático da NOVA IMS, apresentou o Data-Driven Public Policies Lab — um laboratório criado para cruzar políticas públicas com ciência de dados. Não por moda, mas por necessidade. «Se queremos cumprir os objetivos europeus, temos de decidir com base em evidência», resumiu.

A inteligência artificial já alimenta os projetos do laboratório, que colabora com entidades como o Turismo de Portugal, a Autoridade da Auditoria ou a Direção-Geral do Consumidor. O foco é claro: trazer eficácia à administração, melhorar o desempenho e otimizar os recursos humanos. Ou, como disse o professor: «a quadratura do círculo é reduzir o esforço administrativo e melhorar a qualidade dos resultados».

 Pedro Simões Coelho, Professor Catedrático da NOVA IMS

Logo depois, Bruno Damásio, também professor da NOVA IMS, trouxe para o palco outro ponto de fricção entre tecnologia e Estado. A flash talk chamou-se AI in Public Procurement: a New Era of Risk Intelligence, mas podia resumir-se numa pergunta: como tornar a contratação pública — que pesa no PIB e atravessa quase todos os setores — mais inteligente?

O docente trouxe o exemplo da colaboração com o Tribunal de Contas e deixou a frase que ficou a ecoar: «Ou o futuro do Estado é guiado pela evidência, ou será apenas um conjunto de boas intenções.» Mais do que fiscalizar, o objetivo agora é capacitar. «Transformar a avalanche de dados em conhecimento útil. Beneficiar os stakeholders. E, sobretudo, a sociedade».

Na reta final, uma síntese que também serve de aviso: «Os dados são o sangue da tomada de decisão e a matéria-prima da responsabilização.»

 Bruno Damásio, professor da NOVA IMS

Na keynote talk AI Revolutionizing Service Excellence,  Anna Mattila, professora na Pennsylvania State University e especialista em gestão hoteleira, trouxe um olhar cirúrgico sobre o impacto da IA na excelência do serviço ao cliente — ou, nas suas palavras, «o potencial da IA para aumentar a satisfação dos consumidores». Mas sem romantismos.

A professora apresentou três níveis de inteligência no serviço: mecânica, cognitiva e emocional. E deixou claro: a inteligência artificial já sabe recolher dados em tempo real, ajustar respostas, prever padrões de consumo, mas ainda falha quando a conversa muda de lógica para ética.

«A personalização é o caminho», diz, mas nem sempre é o suficiente. Os consumidores esperam experiências sob medida, mas também reagem com desconfiança quando percebem que estão a ser manipulados — sobretudo quando há valores sociais ou decisões sensíveis em jogo.

«Os consumidores podem resistir aos algoritmos, rejeitar interações automatizadas ou até criar expetativas ambíguas em relação às máquinas», explicou. Há um hiato crescente entre o que a IA consegue oferecer e o que os consumidores esperam dela — e isso exige afinação constante.

 Anna Mattila, professora na Pennsylvania State University

A linha entre utilidade e invasão é ténue. A IA também já compila e sumariza reviews, por exemplo de hotéis, para poupar tempo ao consumidor. Os chatbots evoluíram, estão mais rápidos, mais eficazes. E surgem até hologramas, prontos a receber-nos num átrio ou recepção de hotel.

Mas, como alertou a investigadora, «as máquinas não têm moral. Apenas processam padrões.» Se os algoritmos começam a aplicar preçários discriminatórios, ajustando preços com base em localização, histórico ou perfil, o que nos resta? O desafio, conclui Anna Mattila, está em encontrar o equilíbrio: «usar a IA para servir melhor. Não para decidir por nós.»

 

Mesa-Redonda – AI for Healthcare and Well-Being

A inteligência artificial promete transformar a saúde. Mas será que o setor está preparado para isso? Foi essa a questão que abriu a mesa-redonda AI for Healthcare and Well-Being, com moderação de Paulo Ferreira, jornalista. No painel, Miguel Arriaga, Diretor da Direção de Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde, Ricardo Baptista Leite, CEO da HealthAI, e Sónia Dias, Dean da NOVA National School of Public Health.

Para Ricardo Baptista Leite, o impacto da IA começa no topo. «Temos uma oportunidade clara de usar o machine learning como um facilitador da transformação, mas isso exige liderança e visão estratégica. Os líderes precisam de saber onde querem chegar.» O caminho não pode ser improvisado — deve ser pensado de forma coordenada, com objetivos claros.

Sónia Dias reforçou que «é urgente que a saúde pública utilize todas as ferramentas que a IA e os dados colocam à disposição». Não se trata apenas de inovação — trata-se de equidade. A IA pode ajudar a combater uma das maiores injustiças do sistema: a desigualdade. «A pobreza continua a ser o maior fator de risco em saúde. A tecnologia permite fazer mais com menos — mais eficiência, menos desperdício e menos desigualdade.»

Miguel Arriaga foi direto: «As novas tecnologias têm de chegar primeiro a quem mais precisa. Quem tem dinheiro, resolve. Mas o Estado tem de garantir soluções para quem não tem.»

O Diretor sublinhou que a aposta está na prevenção. E que a tríade ideal para o futuro do setor passa por IA, capacidade preditiva e, acima de tudo, uma dimensão humana. A relação com os profissionais de saúde e a proximidade com as populações são pilares que não podem ser esquecidos. Afinal, nenhuma tecnologia substitui o toque humano — mas pode ajudar a que ele chegue mais longe.

Moderação de Paulo Ferreira, jornalista. No painel, Miguel Arriaga, Diretor da Direção de Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde, Ricardo Baptista Leite, CEO da HealthAI, e Sónia Dias, Dean da NOVA National School of Public Health.

 

FLASH TALK – Silent AI, Loud Impact

Por vezes, o mais revolucionário é invisível. Vítor Manita, responsável por GenAI e Machine Learning na Loka, «a melhor inteligência artificial é aquela que o utilizador não vê». É a IA silenciosa — que atua nos bastidores, sem pompa nem espetáculo — que está a transformar radicalmente a eficiência dos sistemas, sobretudo na saúde.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a administração representa 38% dos custos totais com saúde. Um número gritante. «Antes, o humano estava preso num loop», explicou. Era necessário sair desse círculo vicioso onde a tecnologia ocupava o lugar errado: surgia primeiro, e só depois se pensava no problema a resolver.

 Vítor Manita, responsável por GenAI e Machine Learning na Loka

A chave, diz Vítor Manita, está em inverter essa lógica. «Começar com o problema, não com a tecnologia.» E foi isso que mostrou com três casos concretos, aplicados à área da saúde:

  1. AI Scribe Environment – Um ambiente automatizado de transcrição, libertando os médicos do registo exaustivo das consultas.
  2. Medical Invoice Processing – Uma tarefa que consumia mil horas em modo manual e que, com IA, passou a ser feita em apenas 250 horas — quatro vezes mais rápido.
  3. Field-Tested Playbook – Um guia prático, validado no terreno, que defende uma abordagem iterativa: começar pequeno, escolher o modelo certo e melhorar os resultados com chain of thought prompting — ou seja, técnicas que ajudam a IA a estruturar raciocínios mais robustos.

Vítor Manita defende uma filosofia clara: «Investir primeiro numa IA aborrecida, mas que resolve, e só depois numa IA espetacular.» A inovação, afinal, não precisa de fazer barulho. Precisa de funcionar.

 

Aceda à galeria de imagens do evento aqui.

Todos os momentos da ‘Data with Purpose Summit’ estarão disponíveis na Líder TV – em www.lidertv.pt e nos canais 165 do MEO e 560 da NOS.

Marcelo Teixeira,
Jornalista

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Leonor Wicke,
Jornalista e Coordenadora Editorial

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