Até 2026 todos os estados-membros da União Europeia terão de implementar as novas quotas para a igualdade de género nos conselhos de administração das empresas cotadas em bolsa.
A diretiva europeia #WomenOnBoards estabelece agora que pelo menos 40% dos lugares de administradores não-executivos sejam ocupados pelo género sub-representado, que é tendencialmente o género feminino. No que toca à direção de toda a empresa, o mesmo princípio se aplica, sendo a percentagem mínima 33%.
Os números europeus falam por si: em 2021, as mulheres apenas ocupavam 30,6% dos cargos de administração em todos os países-membros. França foi o único país que excedeu a expectativa, com 45,3% dos lugares ocupados por mulheres, segundo o Instituto Europeu para a Igualdade de Género.
Esta iniciativa foi proposta inicialmente há 10 anos, sob a presidência de Durão Barroso, mas só agora, com o trabalho conjunto do Conselho da União Europeia, dos Estados-Membros e do Parlamento Europeu, se chegou a um consenso.
Apesar de haver já países da União Europeia que aplicam este sistema de quotas, todas as organizações que não cumpram a diretiva poderão ser punidas por multas, ou outras medidas dissuasoras.
Ursula von der Leyen sublinha a importância da iniciativa, apontando que é algo que irá favorecer as mulheres, mas também as empresas, já que a diversidade gera inovação e crescimento.