Neste último ano em que o mundo enfrenta uma Pandemia, a Saúde passou a estar no centro da ação dos países e no foco da atenção das pessoas e dos media. Numa pesquisa realizada pela Lenstore em 30 países europeus, foram analisados a média anual de salários, horas de trabalho, dias e subsídio de férias e o número de mulheres na indústria, e agora revelados os melhores países da Europa para as profissionais de saúde no feminino.
Países | Média Salarial | Horas trabalho (2019) | % mulheres |
1. França
| 30.300€ | 34.5 | 44% |
2. Holanda
| 44.600€ | 25.2 | 54% |
3. Finlândia
| 39.350€ | 35.6 | 58% |
4. Eslovénia
| 25.350€ | 39.3 | 63% |
5. Dinamarca
| 52.830€ | 32.4 | 51% |
6. Reino Unido
| 34.860€ | 33 | 48% |
7. Letónia
| 13.780€ | 37.2 | 74% |
8. Estónia
| 17.960€ | 36.5 | 74% |
9. Espanha
| 29.800€ | 34.9 | 55% |
10. Suécia
| 41.550€ | 34 | 48% |
Portugal ocupa o 20.º lugar da tabela, com 84% dos empregos no setor da Saúde a serem desempenhados por mulheres (55% em medicina), havendo uma igualdade entre homens e mulheres no número de horas de trabalho (38) e dias de férias (24). Existe, contudo, tal como verificado em todos os países envolvidos na pesquisa, uma disparidade salarial entre homens e mulheres, que em Portugal ronda os 8.000€/ano (valor que os homens ganham a mais do que as mulheres).
Bélgica, Malta e Itália, ocupam os lugares mais abaixo da tabela.
No topo da carreira
Para mulheres que queiram seguir uma carreira na área da Saúde, a França é a melhor opção. Em particular, este é o país onde existe a maior percentagem (cerca de 63%) de mulheres estudantes de Medicina, que é mais do que o dobro de qualquer outro país, tornando-o ideal para a progressão de carreira. É também aqui que são dados mais dias de férias, cerca de 34 por ano, um a menos do que a Eslovénia, que ocupa o primeiro lugar, com 35. Apesar de não ser dos países com o nível salarial mais elevado (cerca de 30.300€ / ano), a França ocupa um honroso primeiro lugar.
Equilibrar a vida profissional/ pessoal é importante para manter um estilo de vida saudável e a Holanda tem o número de horas de trabalho mais baixo para as mulheres que trabalham no setor, com uma média de 25 horas por semana. É também aqui que se oferece o sexto melhor salário médio da Europa, com as mulheres a ganhar em média 44.600€.
À frente da Escandinávia, a Finlândia é o terceiro melhor país, com das maiores percentagens de mulheres a trabalhar na área de saúde e assistência social, 86% em relação aos homens, tendo ainda o quinto maior número de médicos do sexo feminino na Europa.
Apesar de não estar entre os 10 primeiros, a Suíça lidera a classificação como o país em que as mulheres profissionais de saúde são mais bem pagas (cerca de 70.000€/ano), mas que mesmo assim corresponde a menos 19% do que ganham os homens. A Islândia e o Luxemburgo ocupam a segunda e terceira posição, respetivamente.
A favor da igualdade
Os cinco países com a mais equilibrada igualdade de género no setor da saúde são:
- Romênia
- Hungria
- Sérvia
- Suécia
- Dinamarca
Desde o início da Pandemia que milhões de pessoas dependem dos serviços de saúde, com o trabalho de médicos e enfermeiros a inspirar os mais jovens a seguir uma carreira no setor da saúde. É por isso, cada vez mais importante considerar as oportunidades e a igualdade de género que as mulheres podem esperar.