Quase metade da Geração Z está disposta a aceitar limitações económicas de curto prazo para que os responsáveis políticos invistam numa estratégia de longo prazo que promova o crescimento sustentável.
De acordo com o uma pesquisa da Dell Technologies, dos 15 mil participantes, quase dois terços acreditam que a tecnologia irá desempenhar uma papel importante na luta contra a crise climática. Como tal, as três áreas de investimento que querem ver priorizadas pelos governos são as da energia sustentável (42%), economia circular (39%) e sustentabilidade dos transportes públicos (29%).
Estão prontos para fazer o sacrifício, mas têm confiança?
Segundo a análise “Elevating the voice of Gen Z to shape the economies of tomorrow”, a confiança da Geração Z sobre os investimentos do setor público e a prosperidade económica, nos próximos 10 anos, está dividida: 32% dos inquiridos têm baixa ou nenhuma confiança, 38% estão indecisos, e 29% têm alta ou total confiança.
A Singapura e a Coreia do Sul têm as maiores percentagens de entrevistados com confiança alta ou total, enquanto o Japão e o Brasil apresentam o maior número de jovens com baixa ou nenhuma confiança.
Cada vez mais as gerações mais jovens acreditam que a tecnologia poderá vir a mitigar a crise climática, e, como tal, mais de metade da amostra sente que há necessidade de legislação robusta e de um maior investimento em segurança cibernética para proteger as infraestruturas nacionais e garantir que as empresas privadas atendam a padrões rígidos.
Para que isso aconteça, e de forma a aumentar a confiança nos governos, 38% dos entrevistados desejam que os setores público e privado trabalhem juntos e se responsabilizem mutuamente.
Eliminar a exclusão digital
A Geração Z reconhece a importância do desenvolvimento de competências digitais necessárias para as suas futuras carreiras. Para 76% dos entrevistados, a aprendizagem de novas competências é essencial para um alargamento de futuras opções profissionais e planeiam adquiri-las.
De acordo com a força de trabalho mais jovem, a sua educação poderia tê-los preparado melhor nas competências digitais. 44% disse que a escola ensinou apenas as competências básicas de computação e cerca de um em cada dez não recebeu nenhuma educação em tecnologia ou competências digitais.
Para ajudar a preencher a lacuna, 34% sugeriu ampliar e tornar mais interessantes os cursos de tecnologia, 26% acredita que os cursos obrigatórios de tecnologia até aos 16 anos poderão incentivar os jovens a seguir profissões ligadas à tecnologia.
“A Geração Z vê a tecnologia como fundamental para a sua prosperidade futura mas cabe-nos a nós – fornecedores líderes de tecnologia, governos e setor público – trabalhar em conjunto para o seu sucesso, melhorando a qualidade e o acesso à aprendizagem digital. À velocidade a que a tecnologia evolui, isso exigirá uma colaboração constante”
Aongus Hegarty, presidente de mercados internacionais da Dell Tecnologies
No que toca às prioridades governamentais nos investimentos para diminuir a exclusão digital, tendo em conta a localização, demografia e grupos socioeconómicos, a Geração Z considera que uma maior acessibilidade dos grupos mais desfavorecidos a dispositivos tecnológicos (33%) e a ampliação da conectividade nas áreas rurais (24%) são as áreas mais importantes a desenvolver.