A diversidade no local de trabalho vai além das características pessoais de cada um; «trata-se de termos pessoas de todas as raças com todas as cores de pele, a ocupar diversos cargos e posições de decisão». Além disso, a diversidade também engloba diferentes estilos de trabalho, tanto em equipa, como individual.
As palavras são de Albertina Jordão, Gestora de Programas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que subiu ao palco do Leading People, International HR Conference, no passado dia 31 de maio, com a talk “Diversidade, Igualdade e Inclusão – Do que é que falamos?”.
Quanto à igualdade e inclusão, a oradora explicou que estes são conceitos distintos. A igualdade diz respeito à igualdade de oportunidades e de resultados no mundo do trabalho, sem discriminação. Já a inclusão relaciona-se com o sentimento de pertença e com a participação ativa das pessoas, com as suas vozes e opiniões a serem ouvidas e consideradas.
Vamos aos números
A gestora apresentou dados do estudo “ILO Survey on D&I” da Organização Internacional do Trabalho sobre diversidade no local de trabalho.
De acordo com a análise, 83% das pessoas entrevistadas sentem-se incluídas nos seus locais de trabalho. Fatores como o respeito, o desenvolvimento da carreira e o reconhecimento são fundamentais para promover a inclusão.
Relativamente à questão do respeito e ao sentimento de pertença, o estudo indica que 86% dos inquiridos se sentem respeitados, sendos estes “dados muito positivos; as pessoas em geral sentem que são tratadas com respeito, que é outra dimensão importante quando estamos a falar de inclusão”, comenta.
“As pessoas que estão no topo são as que apresentam níveis mais elevados de inclusão [83%]”, evidencia Albertina Jordão. Já no que toca ao acesso aos cargos de liderança, refere que as mulheres representam 40-60%, enquanto que as pessoas com diferentes origens raciais, ou minorias religiosas figuram entre 1-29%.
A igualdade salarial entre homens e mulheres também continua a ser uma questão persistente no mundo do trabalho. O estudo apresentado, que foi realizado a pedido do Governo de Portugal, revelou que a desigualdade pode ser explicada “por fatores objetivos como a educação ou com a experiência”, mas que, por outro lado, também são explicadas pelo mercado de trabalho que “é segregado por uma desvalorização de muitas das profissões onde há uma maior concentração de mulheres”
Para promover sociedades e locais de trabalho mais diversos, inclusivos e igualitários, são necessárias políticas abrangentes e permanentes. As decisões devem ser baseadas em critérios justos, evitando preconceitos e estereótipos. A discriminação no ambiente de trabalho deve ser combatida de forma contínua, visando a inclusão de todos os grupos.
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