Para reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação no combate à COVID-19, a Axians juntou-se às instituições que integram a Universidade Católica Portuguesa, como a Faculdade de Medicina Dentária de Viseu, o Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS) e a Escola Superior de Biotecnologia do Porto, no desenvolvimento do estudo “Fast detection of SARS-CoV-2 using Multimodal Deep Learning”.
Co-financiada pela União Europeia, a investigação assenta no desenvolvimento de uma ferramenta de apoio à decisão clínica (precoce) que aplica métodos de Inteligência Artificial, nomeadamente Deep Learning multimodal, para identificar padrões imagiológicos e padrões moleculares que caraterizam o diagnóstico positivo do SARS-CoV-2.
Com a utilização destas tecnologias, o objetivo é que esta ferramenta permita a estratificação dos doentes, suportando a decisão clínica em pacientes com COVID-19. As vantagens desta solução são várias: passa a existir uma base de informação disponível para a comunidade científica; é um teste não invasivo, exigindo apenas a recolha de saliva; é uma ferramenta auxiliar para o diagnóstico de COVID-19 e permite identificar o prognóstico dos casos mais severos.
“Uma das principais necessidades nesta situação epidemiológica é aumentar a capacidade e a celeridade da execução de testes/diagnóstico que em vários países ficou aquém das expetativas. Isto deveu-se à inexistência de testes suficientes, falta de material ou de reagentes de extração, falsos positivos/negativos e demora em obter resultados, com tempos de espera entre 24 e 72 horas. A solução proposta vem responder a esta necessidade já que pretende acelerar e facilitar o encaminhamento dos pacientes, melhorando os resultados clínicos”, refere Isabel Capeloa Gil, Reitora da Universidade Católica.
“A situação de Pandemia exige o desenvolvimento de soluções rápidas para a previsão da evolução individual da COVID-19, aumentando a eficiência dos sistemas de saúde na gestão do acompanhamento e do tratamento da doença. Por isso na Axians quisemos contribuir, aliando a inteligência artificial à ciência dos dados, de forma a sermos úteis à sociedade, permitindo mitigar e compreender melhor esta Pandemia. Com o conjunto de dados acima referidos, acreditamos que conseguiremos aplicar modelos de Deep Learning baseados em imagens e padrões moleculares que servirão não como um substituto, mas sim um auxiliar de diagnóstico e prognóstico para os profissionais de saúde”, conclui Pedro Faustino, Managing Director na Axians Portugal.