Ficaremos perdidos algures no passado, se não estivermos já a capacitar-nos enquanto profissionais e líderes. O futuro do trabalho está a ser reinventado. A pandemia fez aumentar os níveis de stress e de ansiedade, bem como as probabilidades de esgotamento em todo o mundo.
Não há dúvida, é tempo de recalibrar a empresa e definir uma nova estratégia. A pandemia global levou as empresas a olhar para as capacidades que a sua força de trabalho vai precisar nos próximos anos.
Isabel Moço, Coordenadora e Professora Assistente da Universidade Europeia, ajuda-nos a identificar as competências em que devemos investir.
«Os profissionais e líderes do futuro serão, certamente, bem mais capacitados e preparados dos que os do passado e da atualidade. Terem as competências requeridas, estará dependente da vontade das pessoas e de quem trabalha para o desenvolvimento das mesmas, por exemplo as Universidades, sendo certo que todos teremos de acompanhar a evolução do conhecimento, das sociedades e até da forma de viver. Caso contrário, ficar-se-á perdido algures no passado.
A forma acelerada como tudo está a evoluir – por força da mecanização, robotização e digitalização, fará com que os profissionais e líderes do futuro tenham de mobilizar competências distintas.
Vejamos algumas: terão de ter “learner mind set”, pois evoluirá muito aceleradamente a necessidade e valorização de competências como o “problem solving” e flexibilidade cognitiva. Serão pessoas que se estimam e preservam, a si mas também aos outros, para o que a inteligência emocional, a capacidade de se relacionar, as habilidades negociais e os valores como o respeito e tolerância, serão fundamentais; muitos serão “people managers”, promotores de mudança, com “creative, analytical and critical thinking”, e serão rápidos a avaliar situações e a tomar decisões; finalmente, mas talvez o mais importante, serão ciosos do seu propósito de vida (e, dentro deste, o profissional).
E o impacto que isto traz aos domínios da gestão em geral e das pessoas em particular? Que enorme e estimulante desafio.»
[O testemunho foi publicado na edição n.º 12 da revista Líder.]