Judite Mota foi redatora e Diretora Criativa a maior parte da sua vida profissional tendo acumulado prémios de criatividade em quase todos os Festivais nacionais e internacionais ao longo de mais de 20 anos.
Recentemente juntou às suas funções de Chief Creative Officer da VMLY&R Lisboa, as de Diretora Geral sendo responsável por uma equipa com o objetivo de ligar criatividade, tecnologia e cultura em benefício das marcas. Defende que o pensamento criativo deve estar presente em todos os passos da relação entre clientes e agências e que as ideias são a força que move o mundo – das marcas e não só. Foi também Presidente do Clube de Criativos de Portugal durante 4 anos e jurada em Festivais nacionais e Internacionais incluindo Cannes, D&AD e Clio.
Colocámos a pergunta a alguns criativos: Estarão as marcas mais sensíveis? Judite Mota, Diretora Geral e Chief Creative Officer da VMLY&R Lisboa, aceitou o desafio.
«A comunicação entre humanos sempre serviu para partilhar emoções – além de informação que permita a nossa sobrevivência, claro. Desde contar histórias à volta da fogueira, aos grandes dramas gregos, à publicidade, o storytelling tem de despertar emoções.
Escolhemos pessoas ou marcas com as quais nos identificamos. Uma relação emocional será sempre mais forte do que uma relação meramente transacional, por isso faz sentido que as marcas explorem as relações emocionais. Atualmente, e com o grande volume de informação a que estamos sujeitos diariamente, é normal que as marcas se tornem ainda mais emocionais na sua comunicação.
Mais: é crucial que partilhem os seus valores para que as audiências decidam se comungam dos mesmos ou não.
As marcas globais têm o dever e a responsabilidade de mostrarem o que são, tanto ou mais do que mostrar o que vendem. A autenticidade e a transparência são uma exigência da nova geração que escolhe uma marca ou a rejeita com muito mais convicção, e muito mais depressa, do que acontecia com gerações anteriores.»
Este artigo foi publicado na edição de primavera da revista Líder.
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João Madeira, Co-CEO e Chief Creative Officer da Fuel, também respondeu.