Margarida Cardoso conhece a Tabaqueira como poucos. E não é para menos, juntou-se à Philip Morris International (PMI) em 2009 e após ocupar diferentes cargos de Recursos Humanos é atualmente responsável por Pessoas e Cultura na filial portuguesa adquirida pela PMI em 2001.
Apaixonada por pessoas, pelo impacto da liderança e pela mudança de ambientes. Margarida trabalha todos os dias para ajudar a criar um local de trabalho e uma organização onde as pessoas possam prosperar, agregar valor e ser valorizadas. Formada em Psicologia, iniciou a sua carreira como consultora de RH ajudando diversos clientes em projetos de Aquisição de Talentos e Desenvolvimento Organizacional.
Lidera perto de mil pessoas num dos maiores empregadores do concelho de Sintra. A Tabaqueira produz 26 mil milhões de cigarros por ano e exporta 82% da sua produção para mais de 25 países – aproximadamente 600 milhões de euros em 2019, encontrando-se entre as dez maiores empresas exportadoras nacionais.
A empresa com marcas como IQOS, Marlboro e Português recebeu recentemente um novo Centro de Excelência de serviços financeiros e ambiciona converter a fábrica de Albarraque para a produção de tabaco aquecido “HEETS”. Os desafios não param e as ambições não vão ficar por aqui.
Auscultámos alguns líderes sobre como devem ser estes novos super-profissionais do futuro? Margarida Cardoso aceitou o desafio.
«Com o nosso propósito de criar de um futuro melhor e livre de fumo, revolucionámos a vida dos fumadores adultos que continuam a consumir produtos de tabaco e/ou nicotina, oferecendo-lhes alternativas menos nocivas.
Na Tabaqueira, esta transformação evidenciou a importância de competências de flexibilidade e digitalização, por via de um ambiente diverso e inclusivo.
Caminhamos para uma organização em adaptação constante, baseada em projetos, e com aumento da ownership e agilidade das equipas. Valorizamos pessoas que embarquem num processo de aprendizagem contínua e desenvolvimento. Se a nossa nova visão criou um contexto de transformação, a recente pandemia contribuiu para a sua aceleração.
Durante este período, as nossas pessoas mostraram uma elevada resiliência e capacidade de reinvenção de atividades, quebrando fronteiras de funções e departamentos. Este contexto evidenciou também o papel crucial das lideranças. Numa altura de dificuldades particulares, as lideranças tiveram que conhecer melhor as suas pessoas, mostrar mais empatia e um compromisso claro para com a sua saúde e bem-estar. Os desafios de mover uma organização de um negócio estável e previsível para um contexto cada vez mais complexo e imprevisível, só poderão ser ultrapassados com lideranças capazes de articular uma visão clara, que promovam uma comunicação contínua e transparente, que mostrem empatia e capacidade de compreensão das suas pessoas e que desafiem constantemente o modo como fazemos as coisas, focando a sua gestão nos resultados e desenvolvimento da equipa».
[O testemunho foi publicado na edição n.º 12 da revista Líder.]