Maria da Glória Ribeiro fundou a empresa de recrutamento de executivos Sirca Portugal em 1988, que passou a fazer parte da Amrop três anos depois. Tem uma sólida experiência em consultoria estratégica e comportamento organizacional. É uma decana nas áreas de recrutamento e liderança de alta direção, foi inclusivamente nomeada uma das 200 melhores consultoras de recrutamento de executivos do mundo, de acordo com Nancy Garrison-Jenn, autora de “The Global 200 Executive Recruiters”.
Com um mestrado em Psicologia em Desenvolvimento de Organização Empresarial, completou o Amrop Trusted Advisor Program: C-level Positioning no IMD, Lausanne, Suíça. E em maio de 2019, participou do Singularity University Executive Program.
Perguntámos a alguns especialistas na área de soluções estratégicas de liderança: Pode um líder ser vulnerável e sensível? Maria da Glória Ribeiro, Managing Partner da Amrop, responde:
“A nossa disciplina da consultoria exige ter sempre um pensamento novo, atento aos sinais exteriores e por conseguinte informado e disruptivo.
Ainda se estranhava nestas bandas do sul da europa a questão de discriminação etária e já nós tínhamos apagado qualquer referência à data de nascimento, por exemplo.
É isso que nos move. Podermos apoiar as empresas com as melhores soluções, libertas de preconceitos e determinações pré-definidas e muitas vezes absurdas.
Hoje a circunstância quotidiana é ambígua. Nada se pode prever a longo prazo. Qualquer líder tem que saber gerir individualmente cada pessoa que lhe reporte, ajudando-o a estar realizado na sua missão e inspirando-o com o seu conhecimento e exemplo.
Mas a ascensão da liderança não é mais parecida com uma escadaria com degraus mais ou menos assimétricos. É muito mais sinuosa e irregular. Qualquer líder poderá ser avaliado de forma muito positiva numa circunstância e, por decisão própria ou por ocorrências casuísticas, fragilizar, entretanto.
Ou até nem isso, e limitar-se, com maior ou menor autoconhecimento, a querer viver outra fase da vida. Poderá até deixar de ter motivação de estar ao comando e ir aprender algo de novo, desta vez comandado por terceiros. Tudo tem de ser possível para a nossa vida.
Todos nós com maior ou menor intensidade despertamos para a necessidade de nos realizarmos. Tudo com a convicção de que o que tem maior valor é a vida. Vida essa que não tem que ser um caminho mais ou menos estreito e predefinido. Todos incluindo os líderes.”
Este artigo foi publicado na edição de primavera da revista Líder.
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