Cerca de 66% das empresas portuguesas indicam ter as alterações climáticas presentes na sua agenda enquanto prioritárias e 42% fizeram uma avaliação quantitativa dos riscos e oportunidades. Ainda assim, 60% diz não ter um plano de ação para a redução de emissões e/ou cumprimento das metas definidas.
Estas são algumas das principais conclusões do inquérito Net Zero Survey Portugal, da PwC, com o intuito de perceber qual o atual nível de maturidade das empresas nacionais relativamente ao tema da descarbonização.
Das empresas inquiridas, uma grande maioria (84%) indica a eficiência energética como principal via para a redução das emissões da sua atividade, seguida de energias renováveis (82%) e mobilidade sustentável (56%).
Apesar da gradual consciencialização, o progresso na descarbonização não tem vindo a evoluir à velocidade necessária. Ainda que se verifique uma tendência para que o cumprimento de metas ambientais se torne obrigatório, as empresas que o façam voluntariamente apresentam vantagens competitivas.
O aumento da ocorrência de eventos climáticos, a escassez de água, a perda de colheitas ou os danos em infraestruturas, podem resultar em crises alimentares, energéticas e sanitárias com consequências devastadoras para a sociedade e para a estrutura económica das empresas. É por isso essencial que as empresas conheçam e compreendam os principais riscos e oportunidades associadas às alterações climáticas e à transição para uma economia Net Zero
Cláudia Coelho, Sustainability and Climate Change Partner