Várias iniciativas da União Europeia têm tornado um sem número de indústrias mais “verdes”, e o mercado dos equipamentos eletrónicos não é exceção. O “Direito de Reparação” surgiu no sentido de facilitar o acesso dos consumidores a serviços de reparação, evitando a produção de lixo eletrónico com a constante compra de equipamentos novos.
Não obstante, a Ecommerce Europe admite que as diretivas comunitárias podem ir mais longe. A organização emitiu um documento onde especifica dois eixos de desenvolvimento por parte da Comissão. O primeiro prende-se com o design e conceção dos componentes dos dispositivos eletrónicos, bem como com a facultação do acesso a peças individuais e de substituição; garantindo assim o normal funcionamento pós-reparação. Esta medida viria permitir o crescimento dos setores de reparação e de venda de equipamentos recondicionados, aos quais empresas como a iServices se dedica.
O segundo relaciona-se com uma autêntica alteração de mentalidades; colocando no topo das prioridades dos consumidores a reparação de qualidade dos seus equipamentos eletrónicos em detrimento da compra de dispositivos novos. “Alcançar mudanças duradouras exigirá a responsabilização de todos os atores, bem como mudanças políticas ambiciosas. Continuamos, no entanto, a defender a máxima harmonização dos direitos do consumidor na UE para criar segurança jurídica para cidadãos e empresas, nomeadamente no mercado de segunda mão e de recondicionamento”, pode ler-se no documento da Ecommerce Europe.
Promover os serviços de reparação e a venda de equipamentos recondicionados vai ao encontro das iniciativas encetadas pelo Pacto Ecológico europeu, que preconiza a conversão de produtos sustentáveis no padrão de consumo. Neste sentido, torna-se imprescindível impulsionar players de mercado como a iServices, que apostam numa economia circular e na redução de lixo eletrónico.
Segundo um inquérito do Eurobarómetro, 77% dos cidadãos da EU dão preferência à reparação dos seus equipamentos eletrónicos, e 79% considera que os fabricantes deveriam facilitar o processo de reparação ou a substituição das suas peças individuais.
Na iServices acreditamos que estas iniciativas têm indubitavelmente um impacto positivo no meio ambiente.
Num mundo em que o setor tecnológico é responsável por 4% das emissões globais de dióxido de carbono e pela produção de largas toneladas de lixo, todos os esforços são poucos para reverter tal tendência.
Subscrevemos a posição da Ecommerce Europe, pois acreditamos que o “Direito de Reparar” deverá cobrir também os fabricantes, nomeadamente responsabilizando-os com diretrizes de design repair-friendly. Desta forma estamos a promover a economia circular e a combater a obsolescência programada. O novo paradigma de mercado deverá ser “fabricar para durar”, abrindo e facilitando o caminho do consumidor para a reparação.