O IMD World Competitiveness Ranking 2022, recentemente divulgado, coloca Portugal na 42ª posição do ranking das economias mais competitivas a nível mundial, uma descida de 6 posições face a 2021. Este ranking mostra ainda que são os países europeus quem têm as economias mais competitivas do mercado, com a Dinamarca a ocupar pela primeira vez o 1º lugar, Suíça e Singapura em 2º e 3º lugar, respetivamente.
O Ranking incorpora 235 indicadores de cada uma das 63 economias classificadas. A informação divide-se em quatro categorias: desempenho económico, infraestrutura, eficiência do Governo e eficiência empresarial, dando uma nota final a cada país. Portugal volta a posicionar-se, sensivelmente, a meio da tabela, contrariando uma tendência positiva de subida no ranking desde 2019.
O relatório do IMD identifica ainda cinco desafios-chave para a competitividade da economia portuguesa, em 2022: garantir um nível de crescimento sustentável do PIB, superior à média da EU; implementação de uma estratégia nacional de promoção da literacia financeira; promoção de reformas estruturais no setor público e, elaboração de estratégias de combate aos problemas demográficos do país.
Apesar da descida, são realçadas melhorias comparativamente a 2021, como o crescimento do PIB, a redução do défice e o aumento das exportações, e entre as valências mais competitivas de Portugal, o ranking destaca as leis para imigração (2ª posição), a força de trabalho feminina (3ª), capacidade para captar investimento estrangeiro e receitas provenientes do setor do turismo (4ª).
Quanto aos piores resultados, Portugal registou a descida em indicadores como a resiliência económica (60º), preço dos combustíveis, sobretudo a gasolina (56º), impostos pessoais reais (62º), regulação laboral (58º), e no que concerne às empresas e infraestruturas, na formação dos trabalhadores (61º), na implementação da tecnologia big data & analytics (61º), e na cibersegurança do país (50º).
Em 2022, a economia nacional registou piores resultados em todos os indicadores macro, nomeadamente a performance económica, eficiência do Governo, eficiência das empresas e qualidade das infraestruturas, ainda assim, o ranking do IMD considera ainda que as forças de atratividade que mais impactam, positivamente, a economia portuguesa são relativas à mão de obra qualificada, à previsibilidade e estabilidade da política nacional, aos custos de competitividade e às infraestruturas.
Os países europeus continuam a dominar este ranking, com Dinamarca (1º), Suíça (2º) e Suécia (4º) a constarem entre as 5 economias mais competitivas do mundo. Singapura (3º) e Hong Kong (5º) fecham o Top 5.
A Porto Business School é o parceiro exclusivo do IMD World Competitiveness Rankings para a recolha de dados relativos a Portugal.
Mais informação em: http://www.pbs.up.pt