Três em cada dez europeus afirmam viver em condições financeiras e materiais precárias, com Portugal a ocupar o terceiro lugar, com 35% da população nesta condição. A Grécia e a Moldávia lideram a tabela, onde quase metade da população vive em condições precárias.
Do lado da solidariedade, Portugal, Grécia e Sérvia lideram, com 84% dos inquiridos a mostrar-se disposto a envolver-se pessoalmente para ajudar pessoas em situação de pobreza. Estes números refletem um companheirismo maior nos países que passam por mais dificuldades, sendo que, no geral, mais de três quartos dos inquiridos demonstrou vontade de ajudar.
Os dados são revelados pelo Barómetro da Pobreza e Precariedade, estudo conduzido pela Ipsos, que reflete as dificuldades económicas sentidas por toda a Europa. A análise foi feita em junho de 2023 e recolheu informação dez mil pessoas de dez países europeus.
O poder de compra tem sido fortemente afetado, com um em cada dois europeus a sentir uma diminuição nos últimos três anos. Esta situação tem sido particularmente aguda na Grécia (64%), Sérvia (63%) e França (60%).
O aumento do custo de vida foi a razão mais indicada para a diminuição do poder de compra (89%), seguida de longe pela diminuição dos salários (24%). Muitas vezes, ter um emprego não chega para pagar as contas, com mais de um terço dos inquiridos empregados a alegar que são incapazes de cobrir todas as despesas.
A Moldávia lidera esta tabela, com um agregado de 58% dos inquiridos a referir que não conseguem cobrir as suas despesas, seguida por Portugal e Sérvia, ambos com 50%.
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