Privilegiando um olhar que apreende um sentido global, apresenta um enquadramento da história do país no mundo, demonstrando também como a História está à vista de todos e não apenas na inacessibilidade da erudição académica.
Nesse particular realça o progresso extraordinário da Arqueologia histórica e da Museologia nas últimas décadas, que contribuíram para um melhor conhecimento da cultura material do passado.
O autor remete-se à tarefa do historiador ensaísta que não busca nem sucessos nem fracassos, muito menos oportunidades perdidas ou idades douradas e que apenas procura explicar o que aconteceu e que possibilitou que uma minúscula população, heterogénea e imperfeita como todas, baseada num pequeno território, sobreviva autonomamente há quase 900 anos, possua um forte sentimento de pertença coletiva há mais de 600 anos, e tenha produzido uma língua própria que se tornou uma das mais faladas da humanidade. E faz-nos perceber que nada disto resultou da execução bem sucedida de um qualquer plano, fosse dos homens fosse dos deuses.