Empatia, colaboração, criatividade, pensamento crítico e comunicação são as cinco competências destacadas num novo relatório que revela a urgência das power skills nas empresas portuguesas.
As conclusões do estudo mostram que as organizações compreendem o impacto da ausência das power skills no seu futuro, que pode ir da redução da produtividade, ao ambiente organizacional de menor qualidade, à desmotivação e turnover das pessoas.
Empatia
revela na capacidade de escuta ativa e da inclusão de ideias de outros em processos de brainstorming colaborativos, cria uma organização mais flexível.
Colaboração
capacidade de as equipas trabalharem todas para objetivos comuns, em lugar de objetivos compartimentados como se verifica em várias culturas de organizações
Criatividade
pensar fora da caixa, permite trazer inovação e diferenciação num mercado em constante transformação
Pensamento crítico
acrescenta capacidade para analisar problemas, simplificá-los e desenhar estratégias
Comunicação
junta a assertividade e a clareza, que promovem maior alinhamento dentro das equipas e evita mal-entendidos
O relatório, elaborado pela PowerUP, foi construído com base em entrevistas feitas a onze organizações do mercado português, de start-ups a grandes empresas. O estudo encontra eco no relatório do World Economic Forum sobre o Futuro dos Empregos, que prevê uma transformação do mercado de trabalho em 44% nos próximos cinco anos, e onde se destaca a importância do desenvolvimento de competências interpessoais.
Os entrevistados acreditam que o desenvolvimento das pessoas nas organizações deve estar ligado aos objetivos estratégicos, bem como ao “S” das práticas sociais, ambientais, e de boa governança das empresas (Environmental, Social, and Corporate Governance – ESG), de forma a contribuir para o bem-estar das pessoas e sustentabilidade das organizações. O estudo revela que as empresas ainda não utilizam ferramentas específicas para medir as power skills ou a sua evolução dentro da organização.
Fica claro que o futuro do trabalho não está apenas nas mãos dos que dominam as últimas tecnologias, mas também – e talvez mais crucial – nas mãos dos que têm a capacidade de liderar com empatia, criar com originalidade, colaborar com eficácia e comunicar com clareza
Filipa Lemos Cristina, bióloga e fundadora da PowerUP