A sustentabilidade é, cada vez mais, uma das grandes preocupações de todos nós enquanto sociedade. Desde a proteção do ambiente até à defesa de direitos sociais, laborais e económicos, há uma série de boas práticas que, entre as sociedades quotidianas, merecem atenção crescente. Para as empresas, estas causas já não são sequer uma opção. Tal como os lucros, a chamada “responsabilidade social e corporativa” é uma condição fundamental para a boa saúde e para a prosperidade dos negócios.
A receita para fomentar políticas corporativas sustentáveis não é mágica, mas há uma série de passos que podemos e devemos dar para criarmos empresas mais conscientes.
No plano ambiental, é fácil recordarmo-nos de comportamentos tão óbvios como a digitalização de processos para abolir o uso de papel; o incentivo à doação de equipamentos de trabalho; a disponibilização de pontos de reciclagem; o recurso a iluminação mais eficiente com tecnologia LED; ou a renovação da frota de veículos empresariais com foco na mobilidade elétrica. No domínio social, podem destacar-se, a título de exemplo, o incentivo ao envolvimento dos colaboradores em ações de voluntariado para mitigar problemas como a Pobreza ou a Exclusão Social; a promoção da empregabilidade com a ligação dos colaboradores a jovens estudantes; e o estímulo à diversidade (social e cultural) no local de trabalho.
Os exemplos apresentados são apenas isso: uma amostra de um sem-fim de ações que as empresas poderão adotar rumo a uma cultura corporativa mais sustentável e amiga das pessoas. E não nos iludamos: a responsabilidade empresarial não se alcança com o cumprimento de listas de boas práticas.
A sustentabilidade faz – deve fazer – parte da identidade e da cultura das marcas; e deve envolver, continuamente, todas as partes interessadas: os clientes, os parceiros de negócios e os colaboradores. Só assim é possível credibilizar e ‘humanizar’ a gestão empresarial, garantindo uma estrutura íntegra e coesa; e só assim é possível dar o exemplo de uma liderança mais consciente e sincronizada com uma sociedade de progresso – mais ecológica, mais feliz e mais sustentável.
Organicamente, surgem outros benefícios: atração e retenção de novos clientes e colaboradores; novas oportunidades de negócio; maior reconhecimento interno e externo; e mais felicidade no trabalho.
O caminho a percorrer ainda é longo, mas há um esforço a ser feito entre as empresas portuguesas. O importante é ter presente que a responsabilidade corporativa não é uma estratégia de marketing ou de autopromoção. É, sim, uma competência essencial de progresso que deve fazer parte do ADN de cada empresa.