A edição n.º 20 da revista Líder dedicada ao tema Act Now for Digital já está disponível nas bancas e em formato digital.
Chegámos aqui, a uma nova realidade, uma nova linguagem, um novo mundo tecnológico e digital que determina um pensamento altamente complexo e integrativo. Integrar as ciências humanas com a tecnologia digital é determinante para que os rápidos avanços tecnológicos signifiquem também um avanço civilizacional de pendor humanista.
Carl Rhodes, diretor e professor da Escola de Gestão da Universidade Tecnológica de Sydney, é o entrevistado de abertura. Escreveu recentemente Woke Capitalism (Bristol University Press), um livro de Gestão na fronteira com a Política. Para quem crê nas habituais narrativas sobre responsabilidade social e ativismo corporativo, o livro é (quase) um balde de água fria sobre essas crenças. Ler esta entrevista pode ser um ponto de partida para a reflexão em torno de ideias (mais ou menos) feitas. Num mundo polarizado, discutir ideias – concordemos ou não com elas – é uma necessidade urgente. Eis uma entrevista essencial sobre ideias.
No tema de capa começámos por conversar com o Almirante Henrique Gouveia e Melo, Chefe do Estado-Maior da Armada e da Autoridade Marítima Nacional, que mostrou como a tecnologia é crítica no desenrolar das missões da Marinha e partilhou as revoluções que se vivem dentro desta instituição, bem como as suas inquietações acerca do conflito na Ucrânia. Ficámos a conhecer a visão de um verdadeiro contador de histórias para quem a estratégia passa pela necessidade de equilíbrio de poderes, inteligência e, caso tudo se perca, pela sabedoria de nunca deixar de saber navegar olhando apenas para as estrelas.
Desmantelámos o tema de capa em várias áreas, da Política Internacional, à Educação, passando pela Biotecnologia, a Energia e, por fim, a Arte. A Intromissão Cibernética, é considerado um novo recurso de poder segundo Ana Evans, professora na Universidade Católica Portuguesa, que admite que “Um ataque cibernético pode comprometer infraestruturas críticas para um Estado e a sua população e interromper o fornecimento de bens essenciais.” Já no âmbito da Educação trazemos “O Turco Mecânico e o Labirinto de Espelhos”, numa interessante abordagem desenvolvida por Eduardo Morais, especialista em Tecnologias Educativas, que se questiona: “Como é que podemos perspetivar uma sociedade futura em que os sistemas de aprendizagem automática irão partilhar conhecimento baseado num corpus cada vez mais composto por informação gerada por esses mesmos sistemas?”.
A reinventar-se ao ritmo da própria vida, assim está a Biotecnologia e, segundo nos revelou Paula Castro, engenheira bioquímica: “É até já praticável simular processos biotecnológicos com os designados gémeos digitais, assistentes virtuais que simulam condições processuais futuras”. O Futuro está na Computação Quântica e na comunicação Li-Fi, segundo Andreia Carreiro e Ana Sousa, membros dos Future Energy Leaders Portugal. “Mais do que humano”, é uma visão artística trazida por João Pinharanda, diretor do MAAT, quando pensa no digital: “Gosto de pensar que será do lado dos criadores (dos artistas e escritores, dos pensadores ou dos cientistas) que poderão nascer nunca as soluções, mas os instrumentos de reflexão que permitirão aos cidadãos e aos decisores encontrar caminhos que permitam manter o funcionamento da Humanidade.”
A mais recente rubrica “Líderes em Destaque”, mostra o olhar de Daniela Braga (Fundadora e CEO da Defined.ai) e Pedro Lopes (Secretário de Estado para a Economia Digital de Cabo Verde) sobre o tema de capa.
Ainda sobre o digital, Jim Stolze, Especialista em Criptografia e Inteligência Artificial, falou com entusiasmo sobre o Metaverso – o sucessor da Internet, que promete revolucionar o mundo como o conhecemos. Uma entrevista esclarecedora sobre este universo da Internet das Experiências Imersivas e de como no futuro haverá apenas onlife.
E para terminar, João Paulino, Ethical Hacker e especialista em Cibersegurança, ajuda-nos a entender o submundo do Ethical Hacking.
O Dossier Direito a Desligar traz-nos visões esclarecedoras através das lentes da Literatura, Filosofia e Lei. Digitalizar, acelerar, transformar, têm implicado o Homem na medida em que a sua relação com o tempo e com o trabalho têm sofrido profundas transformações. A par desta aceleração tem surgido como resposta natural, biológica, a necessidade de abrandar, de parar e de fazer aquilo que melhor nos distingue dos restantes animais: pensar. Pensar criticamente, colocando em cima da mesa todos os factos de que dispomos e também o que a História nos tem ensinado. Nas próximas páginas deixamos-lhe uma reflexão de Samantha Rose Hill sobre esta necessidade de desligar, de nos voltarmos a relacionar com o tempo de uma forma equilibrada. Samantha escreveu a última biografia de Hannah Arendt e, por isso, a sua reflexão será inspirada nesta filósofa.
Também com Hannah Arendt como fonte de inspiração, Margarida Amaral, também Filósofa, responde às perguntas da Líder sobre o significado do Trabalho nos nossos dias. Erling Kagge, autor do livro O Silêncio na Era do Ruído, traz-nos algumas ideias para podermos encontrar as virtudes do silêncio e os seus benefícios práticos, numa vida fortemente automatizada e digitalizada. Finalmente, a Lei. O que nos diz a legislação sobre o Direito de Desligar, José Mota Soares, manager partner da Andersen, deixa-nos o seu contributo para uma melhor compreensão prática do tema.
Henrique Monteiro, jornalista e escritor, aprofunda o tema de capa com o texto “Uma Ciberética, além da Cibersegurança”. E Arménio Rego, LEAD.Lab, Católica Porto Business School, escreve a crónica “O Capitalismo Woke e o Mito do Bom Milionário”.
Na rubrica Leading Opinion contamos com Carla Zibreira (Digital Trust Business Unit Manager da Axians Portugal), Ana Diogo (Sales & Marketing Specialist, ISQe), Pedro Cupertino de Miranda (Head of Risk Management, Cybersecurity and Data Protection da MC) e Carlos Santos (Chief Technology Officer da Zome).
O Dossier Leading People debruça-se sobre MetaPeople: How to deal with it? Os líderes devem prosseguir a sua caminhada tecnológica e digital, mas devem estar atentos a esta realidade que pode comprometer a saúde mental e a estabilidade dos recursos humanos das organizações. Onde estão as fronteiras que não devem ser ultrapassadas? Como defini-las e pô-las em prática? Como diagnosticar e ajudar quem precisa ou seremos já todos MetaPeople? As respostas são-nos dadas por António Loureiro (CEO da Conquest One), Leyla Nascimento (CEO do Grupo Capacitare) e Rita Lago (Direção de Pessoas e Organização da Fidelidade).
Inovação e transformação digital trazem novos modelos de negócios e novas ideias que os líderes esperam ser bem acolhidas pelas suas equipas. Mas o que acontece, na maioria das vezes, é que o nosso cérebro resiste às boas ideias, por muito inovadoras que sejam. David Schonthal, professor na Kellogg’s School of Management, é um dos criadores da Teoria da Fricção, popularizada no livro The Human Element: Overcoming the Resistance That Awaits New Ideas, escrito em conjunto com o psicólogo Loran Nordgren. Em conversa com a Líder, o autor explica os atritos que surgem e quais os caminhos para que as boas ideias sejam, de uma vez por todas, bem recebidas.
Sobre Tecnologia e Saúde Mental leia a Crónica de Marco Arroz (National Senior Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal). E sobre Consultoria, a crónica de Paula Tomás (Managing Director PTC-Paula Tomás Consultores).
A fechar, Paulo Magro da Luz revela que aceitou com entusiasmo o desafio de liderar a Egor, em setembro, onde encontrou uma casa arrumada com uma cultura forte, que se tem transformado, adaptado e crescido agressivamente numa época que, acredita, ficará conhecida como a mais desafiante das últimas décadas.
E o Dossier Leading Brands sobre A Nova Dimensão das Marcas no Metaverso. Confrontadas com oportunidades de inovação e experimentação que o metaverso está a abrir, as marcas deparam-se com desafios de marketing num contexto exigente do ponto de vista tecnológico (realidade virtual), criativo (experiências imersivas) e relacional (co-criado e descentralizado). Como a tecnologia potencia envolvimentos cada vez mais dinâmicos com os consumidores e quais as maiores oportunidades e desafios quando a comunicação acontece a múltiplas vozes? Carolina Afonso (CEO da Gato Preto), Gonçalo Nascimento (Country Coordinator da L’Oréal em Portugal), Lourenço Ovídio (Diretor de Comunicação e Marca da Abreu Advogados) e Patrícia Mestre (CMO da Microsoft Portugal) deixam-nos várias pistas.
“Lisboa será a capital mais digital da Europa”. Quem o diz é Philippe Infante, CEO da JCDecaux. A multinacional francesa de publicidade exterior está em Portugal há 50 anos e o seu compromisso é criar cidades mais tecnológicas, conectadas e sustentáveis.
O artigo “Como é que o Tiktok mexe com as marcas?” mostra-nos como esta rede social chinesa veio revolucionar o futuro do marketing para uma audiência mais jovem e os casos da Worten e da Sumol+Compal.
E, a fechar, as crónicas de Vânia Guerreiro (Diretora de Marketing e Comunicação da iServices) e de Miguel Vicente (CEO da Made2Web Digital Agency)
Líder é a revista da Tema Central. É uma publicação, com quatro edições por ano, de ensaios, crítica, investigação e reflexão, que aborda todas as áreas da liderança.
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