Sensitive Leadership é o tema central da revista Líder n.º 21. Uma edição especial com duas capas já disponíveis nas bancas (incluindo livrarias, Fnac e Bertrand) e em formato digital.
Nesta edição, as capas refletem o que se quer dos líderes do futuro (mais sensíveis, mais holísticos) e fazem-nos recuar ao movimento Flower Power que ali pelos anos 60 pregava que a imaginação e os sentimentos iriam tomar o poder. Assim a FCB Lisboa foi beber a cartazes, capas de discos e livros, publicidades de grandes marcas da época como a Coca-Cola ou a VW, para criar duas capas cheias de energia psicadélica e flores, muitas flores. Que a força (florida) esteja consigo.
Uma viagem no tempo que nos remete para a História, cheia de exemplos através dos quais percebemos que a força vital do Homem está na sua capacidade para se reerguer, para se corrigir, para acertar o caminho, para se refazer vezes sem conta, a si, e ao ecossistema que o acolhe. Também por isso, as lideranças são sempre projetos inacabados e o seu objetivo deve ser o do aperfeiçoamento. Esse processo é um caminho de procura de sentido, ou de propósito, que a maior parte das vezes implica um foco no Planeta, na Humanidade, e nas suas mais elementares necessidades. Sensibilização, consciencialização, educação, cuidado e força para recuperar o Planeta e o Ser Humano. Sensibilidade e bom senso, espiritualidade e reflexão, silêncio e pensamento crítico para uma renovada liderança. O sentido para uma nova liderança fez nascer: Sensitive Leadership. Temos falado suficientemente de líderes sensíveis, sensitivos e com bom senso? Não será esse o debate que interessa fazer agora? Talvez importe saber se estamos enganados na forma como escolhemos quem nos lidera. Já agora, o que pode fazer das Pessoas Altamente Sensíveis, excelentes líderes? Neste artigo de enquadramento, Catarina G. Barosa faz-se valer da investigação de Elaine N. Aron, no campo da Psicologia Clínica, que estuda personalidades altamente sensíveis e escreveu inclusivamente seis livros sobre HSP (High Sensitive Person) ou do trabalho de Nathan Falde, que procura explicar as razões pelas quais as HSP são melhores líderes e aponta as sete características principais que estão na origem dessa capacidade.
A incapacidade para assumir vulnerabilidades é uma das maiores vulnerabilidades das lideranças. Ninguém é de ferro. E os super-humanos existem apenas na ficção. Não devia, por isso, surpreender-nos o que ocorreu com o nosso compatriota Horta-Osório quando, ao leme do Lloyds Bank, entrou em burnout que o impeliu a uma baixa médica por alguns meses. Arménio Rego (LEAD.Lab e Católica Porto Business School) e Miguel Pina e Cunha (Diretor da Líder) elaboram sobre “A Vulnerabilidade dos Invulneráveis”.
A ciência, na sua análise do mundo, procura precisamente libertar-se desse tipo de constrangimentos, pois eles dificultam ou mesmo impedem a objetividade que os cientistas almejam. Falamos, pois, de emoções e os cientistas têm-nas como toda a gente e o seu trabalho profissional não pode escapar a essa condição. Acontece, porém, que o ser humano faz parte do mundo, pelo que a Ciência também o tem por objeto. Estas são algumas das ideias que Carlos Fiolhais, Físico e Comunicador de Ciência, discorre num interessante ensaio sobre “A Ciência das Emoções e as Emoções na Ciência”.
A “Inteligência Emocional Artificial” e o homo economicus servem de base para a reflexão de Cláudia Custódio, Associate Professor of Finance no Imperial College, onde vai buscar a Seinfeld, a popular série de comédia dos anos 90, muitos exemplos.
“A Liderança sob a Égide da Corresponsabilidade Relacional”. O texto de Stella Zita de Azevedo, Investigadora em Ética e Bioética, vai à raiz do pensamento filosófico hermenêutico, que se compreende como Ética do Cuidado.
A vida acontece num ambiente emocional. António de Castro Caeiro, Professor, Escritor e Filósofo, discorre sobre os “Paradoxos da Vida Emocional: Emoções de Segunda Ordem”.
Já Manuel Cândido Pimentel, do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Universidade Católica Portuguesa, traz-nos “A Razão Comovida”. A dobragem do século XX para o século XXI veio acompanhada de um mal-estar da cultura ocidental com raízes remotas, que é consequência da impossível assimilação pelo nosso século do racionalismo e seus paradigmas, de Descartes a Hegel.
E, a fechar o tema de capa, “Os Sete Elementos Vitais da Liderança Desperta”. Hilary Jane Grosskopf acredita que os centros de energia – os conhecidos sete chacras da Filosofia do Yoga – quando estão bloqueados criam lideranças desequilibradas. Por isso, escreveu Awake Leadership, um guia para líderes que procuram ser melhores e ter um impacto positivo na vida das suas equipas. Os líderes despertos entendem que a felicidade individual no trabalho é a chave para um desenvolvimento coletivo bem-sucedido e para o cumprimento das metas de negócio.
Brian Klaas é o entrevistado de abertura. Depois de entrevistar centenas de líderes corruptos, escreveu o livro Corruptíveis que percorre os meandros da mente de quem lidera – usando e abusando do poder que lhe foi atribuído. Também não escapa ao escrutínio do autor os cidadãos que permitem que cheguem ao poder este tipo de pessoas com perfis de psicopatia. Segundo Brian, uma em cada 100 pessoas no mundo apresenta traços de psicopatia, contudo esse número sobe para 25 em 100, quando falamos de lideranças de empresas e organizações, incluindo políticas. Brian é Professor Associado de Política Global na University College of London, é também comentador televisivo e Consultor Político. Uma entrevista, a não perder, sobre o poder, a corrupção e a má escolha que fazemos dos nossos líderes.
A nova rubrica “Os Futuristas” mostra o olhar de um grupo de pensadores estratégicos sobre o futuro – o que já existe, mas que ainda não conhecemos. Quatro ideias, assinadas pelos Futuristas: Marco Espinheira (Diretor Executivo de Angariação de Fundos e Responsável de Corporate Relations e Public Affairs, na Nova SBE), Diana Carvalhido (Partner e Diretora Criativa na Ivity), Gonçalo Perdigão (Partner e Diretor Geral da Algorithm G) e Luísa Lopes (Neurocientista e Coordenadora da Equipa de Investigação no Instituto de Medicina Molecular).
Na Leading Opinion partilhamos as opiniões sobre Liderança Sensitiva de Liliana Dias, Psicóloga e membro do Conselho de Especialidade de Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações; Marta Pimentel, Diretora Nova SBE Executive Education; Vera Rodrigues, Head of People da MC; Mariana Canto e Castro, Human Resources Director & Head of Legal Department da Randstad Portugal; e Patrícia Santos, CEO da Zome.
A fechar a edição da Líder três dossiers especiais. O primeiro, Leading People inclui uma entrevista a Milton de Sousa, Professor Associado na Nova SBE e autor do livro The Meaningful Leader, sobre as lideranças com sentido e consentidas. No painel “Um líder é mais do que um energizador, é um criador do sentido de pertença, um (re)conector da cultura e um guia. Agora, também, emocional e, quem sabe, espiritual? Poderá um líder ser vulnerável e sensível?”, a pergunta é colocada a Filipa Costa, Principal na Korn Ferry; a Luís Sítima, Managing Partner da Odgers Berndtson Portugal; a Maria da Glória Ribeiro, Managing Partner da AMROP; e a José Bancaleiro, Partner da Stanton Chase Portugal, respondem. No dossier dedicado ao tema “Desenvolvimento de Lideranças” leia as crónicas de Alexandra Barosa-Pereira (Managing Partner da ABP Corporate Coaching); Isabel Freire de Andrade (Diretora Geral da Bright Concept); Vanessa Cruz (Head of Learning and Development | Soft Skills da Galileu); Adelino Cunha (CEO da Solfut, I HAVE THE POWER); Fátima Ribeiro (Managing Partner da Outperform) e Susana Azevedo (Associated Partner da Outperform). Sobre “Cultura e Propósito: Pilares do Talento” leia a crónica de Rute Belo (National Senior Manager de Recrutamento e Seleção Especializado na Multipessoal). E o especial “Cuidar – Restaurar a Felicidade no Trabalho” inclui as crónicas de Jaime Ferreira da Silva (Managing Partner da Dave Morgan), Hélder Lopes (Head of Recruitment Holmes Place Portugal) e Ana Teresa Porfírio (Diretora de Recursos Humanos da Jaba Recordati).
O segundo, Leading Brands sobre Sensitive Communication. Estarão as marcas mais sensíveis? Foi a pergunta lançada a três gigantes da criatividade: João Madeira, Co-CEO e Chief Creative Officer da Fuel; Judite Mota, Diretora-geral e Chief Creative Officer da VMLY&R Lisboa; e Paulo Rocha, Founder & Partner da Ivity Brand Corp.
No artigo “Publicidade que toca”. A Líder analisou três marcas – Vodafone, J&B e NOS – que têm despertado emoções fortes.
Ainda neste dossier, pode-se ler a crónica de Vânia Guerreiro, Diretora de Marca e Comunicação da iServices, e de João Patrício, SEO Manager na iServices.
E, por último, no dossier Leading Tech analisámos a fundo a Carta Aberta, em jeito de Manifesto, em março, que pede uma pausa de seis meses no desenvolvimento dos Grandes Modelos de Linguagem (LLMs). Está-se a ir rápido de mais. Será? Pode a Inteligência Artificial pôr em perigo o futuro da Humanidade? As opiniões dividem-se. Pode ficar a conhecer as de André Ribeiro Pires (Chief Operating Officer na Multipessoal), Arlindo Oliveira (Professor do IST e Presidente do Inesc), Bruno Castro (CEO da VisionWare), Nuno Jardim Nunes (Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico e Co-diretor Carnegie Mellon Portugal), Ricardo Parreira (CEO da PHC Software) e Susana Soares (Diretora Geral da CHRLY e Innovation Board da Fujitsu).
As escolhas de livros por Miguel Pina e Cunha não poderiam faltar, bem como as sugestões de leitura e de eventos, escolhidos pela redação da Líder.
Na secção Leading Cars, contamos com os novos DS 4 e DS 7, duas sugestões da DS Automobiles inspiradas na indústria da moda. E espaço ainda para o Leading Life no Six Senses Douro Valley, em Samodães (Lamego).
Líder é a revista da Tema Central. É uma publicação, com quatro edições por ano, de ensaio, crítica, investigação e reflexão, que aborda todas as áreas da liderança.
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