A Estónia tornou-se o único país do mundo a ser liderado por mulheres: a presidente é Kersti Kaljulaid, e a primeira-ministra é Kaja Kallas.
Há três outros países onde o chefe de Estado e o primeiro-ministro são ambos mulheres. A Nova Zelândia e Barbados são liderados por primeiras-ministras e a sua chefe de Estado comum é a soberana do Reino Unido e da Commonwealth, a Rainha Isabel II. A Dinamarca é também liderada por uma primeira-ministra; e a sua chefe de Estado é outra monarca, a Rainha Margrethe II.
A atual presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, foi eleita pelo parlamento do país em 2016, tornando-se assim a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente da Estónia. E desde 26 de janeiro, a chefe de governo da Estónia é Kaja Kallas, a atual líder do Partido da Reforma, que será a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do país.
Kaljulaid nomeou Kallas para formar o governo a 14 de janeiro – depois da anterior coligação governamental, liderada pelo Partido do Centro, ter entrado em colapso. O Parlamento confirmou a sua nomeação a 25 de janeiro. Kallas irá liderar uma coligação entre o seu Partido da Reforma e o Partido do Centro-Esquerda.
Cerca de metade do gabinete será do sexo feminino
Incluindo Kaja Kallas, o novo governo estoniano terá sete ministras (46,7% do gabinete), um recorde para o país. Além de Kaja Kallas, o novo governo estoniano inclui Keit Pentus-Rosimannus (finanças), Signe Riisalo (protecção social), Maris Lauri (justiça), Eva-Maria Liimets (negócios estrangeiros), Liina Kersna (educação e investigação) e Anneli Ott (cultura).
Kallas nasceu em 1977 em Tallinn e vem de uma família proeminente. O seu pai, Siim Kallas, tornou-se ativo no movimento de independência da Estónia em 1987 – foi um dos quatro autores por detrás da ideia de auto-gestão da Estónia, enquanto o país ainda estava ocupado pela União Soviética. Foi ainda um dos fundadores do Partido da Reforma, primeiro-ministro do país (2002-2003) e comissário europeu (2004-2014).
Kaja Kallas é licenciada em Direito pela Universidade de Tartu e tem um mestrado em administração de empresas pela Escola de Negócios da Estónia. Antes de entrar na linha da frente da política, trabalhou como advogada. Em 2011, tornou-se membro do Partido da Reforma e, no mesmo ano, foi eleita para o Parlamento estoniano.
Em 2014, foi eleita para o Parlamento Europeu, e em janeiro de 2018, tornou-se a primeira mulher líder do Partido da Reforma. Tendo renunciado ao seu lugar no Parlamento Europeu, conduziu o seu partido a uma vitória nas eleições gerais de março de 2019. Kallas é casada e tem um filho de nove anos de idade.