As 5.000 maiores empresas portuguesas atingiram um volume de negócios de 293.250 milhões de euros em 2024, marcando um crescimento de 2% em relação ao ano anterior. Este grupo de gigantes empresariais gerou 1.144.837 postos de trabalho, um aumento de 6% em comparação com 2023.
O relatório da Iberinform destaca ainda que 50% dessas empresas são exportadoras, com um total de 74.517 milhões de euros em exportações, um crescimento de 5% face ao ano passado.
Setores de maior faturação: Comércio e Indústria no topo
O Comércio lidera em número de empresas, com 36% do total, e também em faturação, concentrando 29% do volume de negócios. Com um peso de 24% nos postos de trabalho, o setor continua a ser um pilar da economia nacional. Já a Indústria segue de perto, com 27% das empresas, 29% do volume de negócios e 24% dos postos de trabalho. Esse desempenho robusto reflete o papel essencial da indústria portuguesa, especialmente em áreas como a automobilística, alimentar e metalúrgica, que continuam a impulsionar a economia.
Os Serviços ocupam o terceiro lugar, com 17% das empresas, mas são responsáveis por 33% dos empregos, apesar de contribuir com apenas 12% do volume de negócios. Isso indica uma forte dependência da mão de obra nos serviços, com setores como o turismo e tecnologia a liderar o crescimento no emprego.
Outros setores como Construção, Transportes e Energia apresentam participações menores, mas não deixam de ter um impacte significativo na economia, especialmente em termos de empregabilidade e inovação.
Distribuição geográfica: Lisboa e Porto no comando
Lisboa mantém-se como o principal centro de negócios, com 34% das empresas localizadas na capital, representando 47% do volume de vendas e 44% da criação de empregos. O Porto segue em segundo lugar, com 18% das empresas e 16% do volume de negócios, mas com uma maior contribuição na criação de empregos, alcançando 20% do total.
A crescente importância de Braga e Aveiro, com 9% e 8% das empresas, respetivamente, também merece destaque, com especial enfoque nas empresas de tecnologia e indústria transformadora, que têm ganhado relevância.
O peso das empresas consolidadas
Se há uma característica que define as 5.000 maiores empresas portuguesas, é a maturidade. Mais de 56% delas têm mais de 25 anos de existência, refletindo um panorama de estabilidade e experiência. Exemplos como a Sonae, com mais de 60 anos de história, ou a Efacec, com 75 anos de tradição na engenharia e tecnologia, ilustram bem esse cenário de longevidade e confiança.
Apenas 4% são empresas jovens, com menos de 5 anos de atividade, o que mostra que o tecido empresarial português é maioritariamente formado por empresas consolidadas e com uma longa história no mercado.
Inovação e internacionalização: o caminho para o futuro
À medida que as grandes empresas portuguesas consolidam sua posição no mercado interno, a internacionalização continua a ser um motor essencial para o seu crescimento. Com 50% das empresas exportadoras, o país demonstra uma forte capacidade de adaptação aos desafios globais e uma crescente competitividade internacional. A tecnologia, a transformação digital e a sustentabilidade são os próximos grandes desafios que as empresas enfrentam para se manterem relevantes.
O investimento em inovação e a capacidade de diversificação de mercados são fatores decisivos para a continuidade desse crescimento. O estudo revela ainda uma tendência crescente de parcerias internacionais e expansão para novos mercados, especialmente em sectores como a tecnologia, a energia renovável e a indústria farmacêutica, que prometem continuar a impulsionar a presença das empresas portuguesas no cenário global.