Não é novidade que a inteligência artificial (IA) veio transformar o dia-a-dia das empresas, facilitando tarefas e trazendo novas potencialidades. Às equipas e lideranças resta aprender a navegar esta tendência da melhor forma.
Esta foi a temática da 2ª edição do Workshop Inteligência Artificial para Equipas Comerciais, que se realizou no dia 26 de novembro, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa. Protagonizado por Miguel Vicente, CEO da Made2Web, o encontro focou-se em sintetizar as principais ferramentas e funcionalidades que a IA pode trazer para o departamento comercial das organizações.
«Imaginem poder usar a inteligência artificial para automatizar tarefas, prever comportamentos de clientes e até melhorar as conversões de vendas», começou por dizer um avatar gerado por IA, em tudo semelhante ao CEO da Made2Web. O objetivo de todas estas funcionalidades é «dar mais tempo às equipas comerciais para o que realmente importa; a construção de relações humanas».

Para isso, surge o conceito de «equipas biónicas», que combinam humanos e agentes de IA para maximizar a produtividade de uma equipa.
Miguel Vicente começa por definir que um dos fatores decisivo para a seleção de clientes na Made2Web é que essa empresa tenha uma faturação na ordem de um milhão de euros para ter «capacidade de fazer uma orquestração de estratégias digitais». Através de IA, a empresa consegue filtrar os pedidos de orçamentos e outras características, definindo mais rapidamente potenciais clientes e poupando tempo à equipa comercial.
Após a seleção do potencial cliente, é enviado automaticamente um email com um link para agendar uma reunião e algumas informações. Um vídeo com o avatar do CEO acompanha este contacto, tornando toda a experiência de apoio ao cliente mais humana.
«[A IA] potencia-nos, enquanto vendedor, para quando formos falar com as equipas ou clientes, termos insights e uma antecipação sobre os problemas que possamos enfrentar», explicou.

Vendas e marketing devem estar em consonância para o sucesso
Dos vendedores, espera-se ainda que tragam inovação, antecipação e produtividade. O departamento de marketing e de vendas devem estar interligados, numa «task-force», de forma a antecipar os produtos que um cliente possa querer, personalizando e inovando na oferta.
«Eu devo ler os imperativos estratégicos daquele cliente para perceber, dentro da minha oferta, como é que eu posso dá-los», diz Miguel Vicente.
Para ter uma estratégia de IA sólida, é essencial criar uma metodologia digital, que permita alavancar o marketing e as vendas. «O marketing já não é medido pelos likes, passa a ser medido por quantas oportunidades foram entregues e posteriormente fechadas», acrescentou.
Essa mudança requer a utilização de IA para identificar clientes ideais, mapear influenciadores no processo de decisão e criar conteúdos personalizados para cada etapa da jornada, transformando resistência em oportunidade. «Nada disso funciona sem um bom produto e sem buy-in das lideranças e equipas», garantiu.
Estes novos agentes transformadores de IA podem ainda tomar decisões, orquestrar ações de marketing e ajustar preços em tempo real, exemplificando o potencial dessas tecnologias para escalar personalização e eficiência.
A transformação digital é uma jornada que exige tempo e compromisso, mas é essencial para se destacar num mercado cada vez mais competitivo e tecnológico.
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