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«Preciso da luta como de oxigénio», conta, desde a prisão, Pablo Hasél

«Preciso da luta como de oxigénio», conta desde a a prisão, Pablo Hasél

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9 Junho, 2025 | 11 minutos de leitura

Há momentos na História em que a revolta deixa de caber dentro de um povo e, perante sentimentos de impotência e descontentamento, a arte transforma-se em veículo de protesto. Na música, as letras ganham o peso de balas: atingem estruturas, incomodam poderes, provocam reações.

Pablo Hasél é um rapper catalão que manuseou como ninguém essas armas e está a cumprir uma pesada pena de prisão por elas. A sua detenção em 2021 ganhou projeção internacional e a música ecoou pelas fronteiras, transformando-o num símbolo da luta pela liberdade de expressão e resistência.

Quando a arte se torna protesto, a música de Pablo Hasél ecoa como voz da resistência
Créditos: Instagram Pablo Hasél

 

Quando a arte se torna protesto, a música de Pablo Hasél ecoa como voz da resistência

Pablo Rivaduella Duró tem 36 anos, mas já faz do rap casa desde os 18 anos. Não escolheu a música para passar despercebido e as suas letras foram sempre uma ferramenta de denúncia e protesto. A primeira acusação criminal surgiu em 2014, tendo como base as letras de canções publicadas no YouTube, tais como Libertad presos políticos (2009) ou Obama Bin Laden (2010). A justiça espanhola considerou as suas obras uma ‘exaltação ao terrorismo’, mas a pena foi suspensa por ausência de antecedentes criminais.

A segunda condenação chegou em 2018, novamente pelo crime de enaltecimento do terrorismo, desta vez devido a centenas de mensagens publicadas no Twitter entre 2014 e 2016. Entre vários assuntos, o rapper acusava o Estado espanhol de tortura e de envolvimento no assassínio de membros da ETA e dos GRAPO – grupos independentistas e revolucionários considerados pelo Governo como terroristas. Também as suas músicas mantiveram o mesmo tom, com Juan Carlos el Bobón (2016) a tornar-se numa das suas faixas mais conhecidas, por criticar duramente a monarquia espanhola.

Aquela sentença impôs-lhe uma pena de nove meses de prisão efetiva, acompanhada de uma multa de 38 mil euros por ‘injúrias à Coroa e às instituições do Estado’. Recusando-se a pagar a multa e a apresentar-se voluntariamente às autoridades, a pena de Hasél agravou-se para mais de dois anos de prisão e as autoridades partiram para a sua captura, em fevereiro de 2021. «Filhos de Franco condenando por ser franco / A semente da liberdade que plantei crescerá / Ninguém pode tirar isso de mim, nem mesmo Felipe VI» são algumas das estrofes da música Ni Felipe VI (2021), publicada no mesmo mês, em protesto à ordem de captura.

Hasél barricou-se na Universidade de Lérida, mas a polícia rapidamente quebrou a multidão que se uniu em solidariedade. À sua pena, acresceram delitos comuns como o envolvimento em agressões a um jornalista e a um vigilante universitário, invasão de propriedade e desordens públicas, contabilizando seis anos e dois meses de prisão.

O rapper que fez frente à Coroa e ultrapassou fronteiras

Centenas manifestaram-se nas ruas da Catalunha e o Governo Espanhol admitiu planos para mudar a lei, de forma a amenizar condenações de crimes relacionados com liberdade de expressão. Ainda assim, a pena pesa, imutável, sobre Pablo, que apenas em 2027 voltará a conhecer a liberdade. Mais de 200 personalidades uniram-se aos apelos pela liberdade de Hasél, entre eles o realizador Pedro Almodóvar e o ator Javier Bardem.

A entrevista que se segue, que nos chegou por correio desde a prisão de Ponent, em Lérida, foi publicada na íntegra e com poucas edições, a pedido de Pablo. À Líder, o artista relata condições que classifica como «subhumanas» na prisão onde se encontra, que espoletaram e agravaram doença de Crohn. Denuncia todo o processo judicial em que se vê envolvido, os inúmeros artistas espanhóis condenados e a proibição de gravar músicas na prisão. Cada linha que escreve transpira resistência e é precisamente com essa palavra que se despede na sua carta, deixando bem claro que nada o vai impedir de lutar por aquilo em que acredita.

 

 

Foste detido pelas tuas músicas e tweets, enquanto vários políticos implicados em casos de corrupção continuam em liberdade. Como interpretas estes contrastes?

Eles continuam livres porque têm o poder e eu estou preso — como tantos outros presos políticos revolucionários — porque combato o seu poder. Eles querem precisamente evitar que denunciemos a impunidade da sua corrupção omnipresente e tantas outras atrocidades que levam a cabo.

 

As tuas letras são controversas – tens medo que o conteúdo ofusque a tua arte ou são inseparáveis?

Acho que o conteúdo também faz parte do valor da arte. O capitalismo inoculou que a reivindicação revolucionária não é artística para denegri-la. Não dizem nada quando os artistas dedicam todas as canções de um disco a falar de relações sentimentais ou de qualquer tolice, mas quando abordam a política a partir de uma abordagem transformadora, desprezam-na. O problema surge quando os oprimidos interiorizam essa ideologia dominante.

Também repetem que «a arte está acima da política», como se não dependesse dela. Toda a arte é política e, ou serve o sistema, ou combate-o, não há meio-termo.

O silêncio é cumplicidade, a omissão é tomar partido a favor do estabelecido e legitimá-lo. Ajuda a perpetuá-lo. Isso não significa que toda a criação de um artista deva ter um conteúdo abertamente revolucionário, nem é assim na minha. Mas que uma parte da arte tenha esse fator, juntamente com a atitude nas entrevistas e outras aparições, é fundamental.

Além disso, embora às vezes seja imprescindível ser direto e sem rodeios, também se pode fazer arte revolucionária — e eu faço isso em muitas canções ou poemas — cuidando mais da técnica.

 

Na tua opinião, qual é a fronteira entre liberdade de expressão e discurso de ódio?

O essencial é distinguir entre o ódio legítimo e o que não o é. Para o primeiro, há que defender a plena liberdade de expressão; para o segundo, nenhuma. Ou seja, odiar as injustiças, a negação de direitos e liberdades fundamentais, a opressão bárbara não é o mesmo que odiar os imigrantes, os homossexuais, as condições de vida decentes ou as mulheres pelo facto de serem mulheres. Nós, revolucionários, odiamos quem odeia a dignidade destes últimos.

Não se pode colocar todo o ódio em abstrato no mesmo plano. Aqui, em Espanha, têm plena liberdade todos os que exaltam o genocídio contra a Palestina, os nazis e todo o tipo de fascistas, os que incitam ao racismo, ao machismo e à homofobia mais brutais ou aqueles que justificam a exploração e a miséria.

Na teoria, os crimes de ódio foram criados internacionalmente para proteger os grupos vulneráveis. Aqui, eles são usados para proteger os poderosos e todos os que atacam os vulneráveis. No Estado espanhol, existe o crime de ódio contra o nazismo! Ou seja, é possível ser-se condenado por incitar o ódio ao nazismo. Isso resume em que tipo de Estado vivemos.

 

Achas que o rap pode ser revolucionário ou foi absorvido pelo mercado?

Na cena do rap nacional e internacional, há muito poucas exceções. A grande maioria dos rappers vendeu-se totalmente ao capitalismo, que estava ciente do potencial transformador com que o rap nasceu e fez tudo o que podia para anulá-lo. Em geral, promove-se música com conteúdo repugnante para idiotizar e embrutecer, com o objetivo de perpetuar o seu domínio. Mas as próprias condições insuportáveis de ‘vida’ que se impõem e a nossa insistência farão surgir mais artistas e rappers combativos. O meu compromisso ajudou a que surgissem muitos e tenho bem claro que, persistir apesar desta forte repressão, inspirará outros.

Para ti, quem é que a justiça espanhola representa: o povo ou o regime?

Objetivamente, representa o regime que a executa. Não há justiça, os tribunais estão podres de corrupção e servem os ricos, que são uma parte ínfima da população. A justiça espanhola é outra ferramenta principal da opressão de classe.

Assim, vemos como os saques da monarquia, os crimes imperialistas ou a brutalidade policial saem impunes e ainda somos condenados à prisão por denunciá-los. Para entender por que isso acontece, é preciso saber que os tribunais principais são herança da época de Franco, controlados por juízes fascistas.

O rapper que fez frente à Coroa e ultrapassou fronteiras
Mural numa das paredes dos jardins Les Tres Ximeneies, em Barcelona. Créditos: The Olive Press

Sentes que a tua prisão foi utilizada como exemplo para silenciar outros artistas e ativistas?

Evidentemente, sim. Sabiam que nem mesmo prendendo-me seriam capazes de me subjugar então, além de me punir severamente, fizeram-no para assustar os outros. Durante um ano, o Estado espanhol foi o Estado com mais artistas condenados à prisão em todo o mundo, num total de 14 rappers. A grande maioria já não faz arte revolucionária, então a repressão deu frutos. Muitos outros confessaram-me que pensam como eu ou de forma semelhante, mas não dizem nada porque temem as consequências.

Também a brutalidade policial nas manifestações a favor da liberdade de expressão aterrorizou muitos — embora tenham sido reivindicados outros direitos e liberdades, porque há muito descontentamento popular — causando muitos feridos, manifestantes presos e até mesmo uma rapariga menor de idade que teve um olho destruído por uma bala de espuma. O medo impediu que a resposta fosse mais contundente, mas, acima de tudo, inibiu uma organização mais combativa.

Mas a minha prisão serviu para que se divulgasse mais a mensagem que tanto queriam silenciar e, acima de tudo, para demonstrar mais uma vez que não há verdadeiras liberdades. O Estado desmascarou-se. Muitas pessoas tomaram consciência e envolveram-se na luta, eu sei bem disso. Por isso decidi não me exilar, apesar de pagar um preço muito mais elevado, sabia que seria mais proveitoso para a luta. Que numa época de desmobilização – que aproveitaram para me prender – tenham havido mobilizações tão massivas, sendo mesmo revoltas em algumas cidades, confirmou-me que tinha tomado a decisão certa.

 

Como vês a liberdade de expressão em Espanha neste momento?

Com o medo de denunciar até mesmo factos comprovados pela possibilidade de acabar na prisão, multado, censurado ou com outras consequências, a liberdade de expressão não existe. Como eu dizia, só os fascistas e outros que não incomodam o poder podre e criminoso a têm. Há muitos casos incessantes de repressão por criticar as atrocidades dos poderosos ou manifestar raiva contra eles, mas muitos conseguem ocultá-los e poucos de nós os conhecemos.

 

Encontraste solidariedade dentro da prisão? E fora dela?

Na prisão, muitos presos manifestaram-me o seu apoio e respeito, pois geralmente estão conscientes de que sofrem abusos de um sistema profundamente injusto, que repudiam. Mas há muita submissão, por medo e porque os anulam com manipulação, drogas e medicação. Também há muitos delatores vendidos. O sistema de dominação é muito semelhante ao das ruas.

A verdadeira solidariedade e a mais importante – a organizada – está lá fora. Diminuiu com o passar dos anos na prisão, mas há uma lealdade que persiste e não para de trabalhar. Não só por mim, mas por todos os presos políticos represaliados. Se não fosse por isso, eles ter-me-iam prejudicado muito mais na prisão e eu continuaria em isolamento, condição em que me mantiveram nos primeiros quase cinco meses, para tentar subjugar-me e impedir que influenciasse outros presos com reivindicações.

 

Alguma vez sentiste vontade de parar de escrever? Ou a repressão apenas te deu mais motivos para continuar?

Nunca, nem mesmo nos piores momentos, considerei desistir. A repressão, todas as injustiças que vi nesta farsa chamada prisão, deram-me ainda mais motivos para me rebelar. Sabendo tudo o que acontece, não poderia submeter-me, preciso da luta como de oxigénio.

 

Voltarias a escrever o mesmo sabendo que serias condenado por isso?

Sim, não me arrependo e por isso cumpro a pena integral (seis anos e dois meses) sem benefícios penitenciários que a reduzam. Da prisão, continuo a divulgar a mensagem revolucionária em cartas, artigos e poemas. Também escrevo canções que gravarei quando sair, pois aqui impedem-me até de gravar letras nada reivindicativas, numa atividade musical em que os outros presos que compõem canções as podem gravar.

Leonor Wicke,
Jornalista e Coordenadora Editorial

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Marcelo Teixeira,
Jornalista

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