Setembro é, para muitos, o verdadeiro início do ano. É uma época de recomeços, planeamento e decisões estratégicas, não apenas para as pessoas, mas também para empresas. Nesta rentrée, é essencial recentrar a atenção num dos pilares mais importantes da economia e da sociedade: as pequenas e médias empresas (PME). Estes negócios representam mais de 99% do tecido empresarial nacional e europeu e precisam de apoio para impulsionar o seu crescimento.
Contudo, continuam a enfrentar desafios estruturais que dificultam o seu crescimento, desde barreiras administrativas e falta de financiamento até à dificuldade em atrair e reter talento. A Rauva, plataforma portuguesa de gestão financeira integrada para pequenas e médias empresas, partilha cinco formas de reforçar o seu papel na economia e criar um ambiente mais favorável para impulsionar o crescimento das PME.
1. Simplificar o sistema
Muitos dos obstáculos que as PME enfrentam não são financeiros, mas burocráticos. Desta forma, reduzir a complexidade administrativa, simplificar o cumprimento fiscal e tornar os processos mais ágeis e previsíveis é uma das formas mais eficazes de apoiar quem cria e gere empresas.
2. Canalizar investimento com propósito
As pequenas e médias empresas precisam de capital para crescer, inovar e contratar. Para tal, programas de investimento públicos e privados, nacionais e europeus, devem estar claramente orientados para as necessidades reais das PME, com critérios acessíveis, acompanhamento próximo e foco em impacto.
3. Valorizar o que é local
As escolhas de consumo, o turismo sustentável, o comércio de proximidade e as políticas urbanas têm um papel fundamental no fortalecimento do ecossistema empresarial local. Neste sentido, apoiar pequenas empresas não é apenas uma questão económica — é também uma escolha cultural e social.
4. Tornar o digital acessível e relevante
A transformação digital só cumpre o seu potencial se for inclusiva. As PME precisam de ferramentas tecnológicas desenhadas à sua medida, que simplifiquem processos, melhorem a tomada de decisões e aumentem a competitividade, sem exigir recursos técnicos que muitas vezes não têm.
5. Criar um ambiente atrativo para quem empreende
Desde a fiscalidade até à qualidade de vida, os países e cidades que criarem condições favoráveis ao empreendedorismo — com estabilidade, talento, serviços acessíveis e redes de apoio — vão liderar a nova economia europeia. O talento empreendedor não é garantido, é preciso saber atraí-lo e retê-lo.