A saúde pode ser significativamente afetada por vários fatores externos, incluindo questões laborais. Um melhor alinhamento do emprego com a saúde dos seus colaboradores pode proporcionar mais anos de vida e qualidade.
Esta melhoria da saúde e do bem-estar dos trabalhadores tem o potencial para criar um valor económico entre 3,7 a 11,7 mil milhões de dólares, de acordo com dados da McKinsey Health Institute. É esperado que, reunindo estas condições, os empregados prosperem, impactando a empresa e sociedade em que se inserem, equivalendo a um aumento do PIB mundial de 4% a 12%. Em conjunto, as economias de rendimento alto e médio representam 95 por cento desta oportunidade total.
O Instituto identificou 23 fatores relacionados com esta questão. Seis destes são fatores modificáveis – interação social, sono, segurança financeira, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, saúde mental e atividade física – destacados como áreas em que o impacto pode ser realmente significativo.
Para este estudo, foram analisados fatores influentes no local de trabalho em 30 países, o que revelou que questões como a autoeficácia, adaptabilidade e pertença dos trabalhadores estão fortemente correlacionados com bons resultados em termos de saúde. Por outro lado, os comportamentos tóxicos, a ambiguidade de papéis e os conflitos de papéis estão associados a piores resultados em termos de saúde.
A importância dos seis fatores identificados pelo McKinsey Health Institute é importante por várias razões:
Interação social: Fortes ligações sociais no trabalho aumentam o empenho, a inovação e a saúde mental. A redução dos comportamentos tóxicos e a promoção da segurança psicológica ajudam a prevenir o esgotamento e a melhorar os resultados em termos de saúde.
Mentalidades e crenças: As mentalidades positivas, como a autoeficácia e a adaptabilidade, contribuem para o bem-estar mental e a resiliência. O trabalho orientado para um objetivo, que promove a pertença e o significado, contribui para a satisfação e retenção dos trabalhadores.
Atividade produtiva: A participação em atividades profissionais e pessoais significativas, como o voluntariado ou os passatempos, aumenta a satisfação com a vida e reduz a depressão. O apoio à autoeficácia dos trabalhadores melhora a produtividade e a saúde.
Stress: Embora o stress controlável possa melhorar o desempenho, o stress excessivo aumenta os riscos de problemas de saúde mental e física. Os empregadores desempenham um papel importante ao equilibrarem os desafios com as oportunidades de recuperação, reduzindo o esgotamento e melhorando o bem-estar geral.
Segurança económica: O bem-estar financeiro tem um impacto significativo na saúde física e mental, sendo que os trabalhadores com rendimentos mais baixos correm um maior risco de sofrer de problemas de saúde mental e de doenças crónicas. Garantir que os salários cobrem as necessidades básicas reduz o stress financeiro e apoia o bem-estar geral.
Sono: Um sono suficiente é crucial para a saúde e a produtividade, estando o sono insuficiente associado a um maior absentismo e a um menor desempenho profissional. Os empregadores podem promover um sono melhor gerindo os volumes de trabalho, limitando o trabalho fora de horas e criando ambientes propícios ao sono.