Até 2030, prevê-se que cerca de 30 mil professores se vão reformar e, sem o reforço das atuais medidas, isto poderá resultar, num prazo de cinco anos, numa escassez generalizada. As regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve são as mais afetadas, com disciplinas essenciais do currículo entre as mais prejudicadas.
Neste sentido, a Fundação Santander Portugal anunciou o lançamento do programa de 300 bolsas para apoiar futuros professores com o objetivo de combater a escassez de docentes em Portugal. A instituição espera conseguir fortalecer a Educação, com bolsas destinadas a estudantes do primeiro ano de mestrado em ensino para lecionarem o 3º ciclo e secundário.
Cada bolsa tem um valor de 750€, destinando-se a comparticipar os encargos habituais dos estudantes universitários, garantindo que os obstáculos financeiros não impeçam estudantes com vocação para o Ensino de prosseguir a sua formação.
Com esta iniciativa, a Fundação complementa as medidas já anunciadas pelo Ministério da Educação, que preveem a atribuição de até 2.500 bolsas de estudo a estudantes de licenciatura e mestrado na área de Educação Básica.
Para Inês Rocha de Gouveia, responsável da área de Universidades e Administradora da Fundação Santander, «esta é também uma forma de valorizar a profissão de docente e apoiar aqueles que escolhem um caminho essencial para as próximas gerações. Sabemos que o professor certo pode fazer a diferença na vida dos alunos e queremos muito contribuir para aumentar o número de bons professores em Portugal.»
As bolsas serão atribuídas com base nas zonas com maior carência de professores. Além disso, será dada prioridade a estudantes deslocados, garantindo que aqueles que precisam de estudar fora da área de residência tenham apoio financeiro para ingressar na carreira docente.