Na era da inovação, a tecnologia dita o ritmo da competitividade, fazendo da agilidade um imperativo estratégico. A pressão para inovar rapidamente, atrair talento especializado e manter a qualidade das operações leva cada vez mais empresas a recorrer ao outsourcing em tecnologia — não apenas como solução operacional, mas como motor de transformação digital.
Sandra Viegas, Diretora Comercial da Olisipo, defende que o outsourcing em TI surge como um catalisador essencial para garantir uma resposta eficaz às exigências do mercado. Vê neste modelo de trabalho mais do que oportunidades técnicas, destacando a importância das pessoas e de valorizar a carreira e independência no trabalho.
Quando falamos em outsourcing, falamos apenas de eficiência ou também de confiança? Até que ponto a proximidade humana pesa tanto quanto a competência técnica?
Para nós, falar em outsourcing nunca é apenas falar sobre eficiência. Esta é fundamental, pois permite às empresas ganhar agilidade, reduzir custos e responder rapidamente às mudanças do mercado. Mas a confiança é o que sustenta qualquer relação duradoura.
É aqui que entra o fator humano. A proximidade permite criar relações de confiança com todos os intervenientes do processo. Por isso, formamos os nossos consultores, não só em competências técnicas, mas também em soft skills, e acompanhamos cada profissional com planos de carreira personalizados, reuniões de feedback regulares e momentos de partilha e conhecimento.
Esta atenção ao lado humano garante a motivação e o compromisso das equipas, tornando a Olisipo não apenas uma fornecedora de talento, mas um parceiro estratégico capaz de gerar impacto real e sustentável para os clientes.
A inovação, hoje, parece ter sempre pressa. Como é que uma empresa como a Olisipo ensina os seus clientes a distinguir entre aquilo que deve ser feito rápido e aquilo que precisa de ser feito certo?
A inovação, quando eficaz, é fruto de um equilíbrio entre velocidade e rigor. Na Olisipo, ajudamos os nossos clientes a decidir quando acelerar e quando refletir, garantindo que as decisões mais urgentes não comprometem a qualidade ou o futuro dos projetos.
Isso passa por ter equipas bem preparadas, com formação técnica e comportamental contínua, e capazes de tomar decisões informadas. Ao longo dos nossos mais de 30 anos de experiência, aprendemos que não existem soluções únicas. Há momentos em que é crucial acelerar, por exemplo: quando é preciso responder rapidamente a uma exigência do mercado ou montar equipas em prazos curtos, mas também há decisões estruturais que exigem reflexão e planeamento.
É aí que a proximidade faz a diferença. Permite-nos identificar necessidades específicas, definir prioridades e estruturar processos de forma segura. É essa combinação de proximidade, experiência e formação que promove a inovação, sem sacrificar o futuro dos projetos.
O outsourcing é muitas vezes visto como solução tática, quase de curto prazo. No entanto, sente que está a tornar-se parte da estratégia estrutural das empresas?
Historicamente, o outsourcing foi visto dessa forma, mas, com a evolução do mercado, tornou-se um pilar estratégico para muitas empresas. Sentimos que os clientes procuram parceiros capazes de garantir talento especializado e acompanhar o desenvolvimento de competências a longo prazo, integrando de forma natural o outsourcing na estratégia da empresa.
Isto só acontece porque o outsourcing em TI deixou de ser apenas sobre eficiência de custos. Hoje trata-se de competitividade, inovação e flexibilidade. Com o apoio de um parceiro como a Olisipo, as empresas conseguem adaptar-se rapidamente, enquanto beneficiam da evolução constante dos profissionais, através dos nossos centros de formação e certificação, Olisipo Learning. É essa combinação de soluções que transforma o outsourcing numa peça fundamental da estratégia de muitas empresas, e não apenas numa resposta reativa.
A tecnologia muda todos os dias, mas as pessoas mudam mais devagar. Como é que gere essa tensão entre velocidade digital e ritmo humano?
De facto, é talvez um dos maiores desafios no setor tecnológico: a tecnologia avança todos os dias, mas as pessoas têm um ritmo diferente de aprendizagem e de adaptação. Acreditamos que a solução passa por equilibrar estas duas velocidades. Ou seja, preparamos equipas para atuar imediatamente, sem comprometer o desenvolvimento sustentável. Isso inclui planos de carreira personalizados e formação contínua.
O segredo está em perceber que temos de criar mecanismos que nos permitam alinhar estes dois aspetos. Ao apostar em reskilling, upskilling e soft skills, por exemplo, conseguimos preparar as equipas para absorver novas ferramentas mais depressa, sem as sobrecarregar.
A transformação digital só é bem-sucedida quando caminha ao lado das pessoas, porque são elas que dão sentido às mudanças tecnológicas.
A Olisipo fala muito de talento. Mas talento é coisa rara e frágil: como se cultiva, como se retém, como se faz florescer num setor tão competitivo?
Na Olisipo acreditamos que o talento se cultiva todos os dias. A chave para atrair e reter este talento está em tratarmos as pessoas como o nosso maior ativo, investindo continuamente no seu crescimento e bem-estar.
O objetivo para nós é claro: dar às nossas pessoas as ferramentas certas para se reinventarem e acompanharem as mudanças do setor. Por isso, mantemos uma relação muito próxima com cada profissional, mesmo em regime de outsourcing, para promovermos um verdadeiro sentido de comunidade.
Esta cultura de pertença fortalece a competitividade da empresa e consolida a nossa posição como um Great Place to Work com taxas de integração muito acima da média, inclusive em programas de estágio.
Vivemos numa era de algoritmos, métricas e dashboards. Onde entra a intuição, a leitura silenciosa das pessoas e dos contextos, no seu trabalho?
Apesar da importância dos números, nada substitui a leitura humana. Estes são uma ferramenta essencial para medir performance, mas é na intuição, no contacto direto e na escuta ativa que percebemos o que realmente motiva ou preocupa uma pessoa.
Na Olisipo, fazemos questão de manter essa metodologia mais humana para perceber as necessidades dos nossos colaboradores antes mesmo de as expressarem. É esta personalização que garante que cada profissional se sente valorizado e compreendido.
Acreditamos que a tecnologia pode acelerar processos, mas são as relações humanas que lhes dão direção. A leitura silenciosa das pessoas, perceber uma necessidade ou ajustar um percurso formativo antes de surgir uma dificuldade, é aquilo que diferencia a nossa abordagem e nos permite criar relações duradouras e de confiança.
Há três décadas de história na Olisipo. O que mudou mais: a tecnologia ou a forma como as empresas olham para ela?
Ao longo destas três décadas vimos a tecnologia transformar-se a uma velocidade impressionante: linguagens, frameworks, metodologias e até modelos de negócio mudaram radicalmente. Mas talvez a maior mudança tenha sido na forma como as empresas olham para ela. Se no passado era vista sobretudo como uma ferramenta de apoio, hoje a tecnologia é vista como o motor estratégico da competitividade e da inovação.
Na Olisipo acompanhámos essa transição desde o primeiro dia, até porque trabalhamos precisamente no recrutamento e desenvolvimento de talento em TI. Vimos a procura por estes perfis tornar-se cada vez mais estratégica e exigente. A nossa missão tem sido, desde o início, acompanhar não só a evolução técnica, mas também preparar e apoiar as pessoas que estão no centro desta transformação.
Qual foi o momento em que sentiu, pessoalmente, que estava a contribuir não apenas para a resolução de problemas, mas para a construção de futuros?
Pessoalmente, o momento mais marcante é ver que o nosso trabalho tem impacto direto na vida das pessoas. Quando apoiamos um jovem talento em início de carreira e o vemos crescer, assumir novos desafios e tornar-se uma referência dentro de uma equipa.
Estes são os momentos em que percebemos que não estamos apenas a responder a uma necessidade imediata de um cliente. Estamos a construir carreiras e a dar as ferramentas para que estas pessoas tenham um futuro promissor no setor tecnológico. Resumindo, criamos impacto verdadeiro nos negócios, nas equipas e, acima de tudo, na vida das pessoas.
A proximidade é um valor central da Olisipo. Mas proximidade, no mundo empresarial, não corre sempre o risco de se confundir com dependência? Como se encontra o equilíbrio?
A proximidade, para nós, nunca foi sinónimo de dependência. Pelo contrário, é através dela que conseguimos dar autonomia, tanto aos nossos colaboradores como aos nossos clientes. Quando estamos perto, conseguimos identificar necessidades mais cedo, ajustar planos de carreira de forma personalizada e propor soluções que aumentam a flexibilidade e a capacidade de resposta das equipas.
O equilíbrio está precisamente aqui: em vez de criar relações de dependência, criamos relações de confiança. Apoiamos os nossos profissionais e damos-lhes ferramentas para crescerem e se tornarem mais independentes e preparados. Com os clientes acontece o mesmo: o outsourcing não os torna mais dependentes, mas dá-lhes mais espaço para se focarem naquilo que é estratégico, porque sabem que têm um parceiro sólido a apoiar o seu negócio.
Se pudesse condensar o espírito da Olisipo numa frase para explicar a um jovem recém-chegado ao setor porque é que vale a pena ficar, o que diria?
Se tivesse de resumir a Olisipo para um jovem, diria: aqui vais encontrar muito mais do que um emprego, vais ter alguém a acompanhar o teu percurso, a desafiar-te a crescer e a abrir-te portas para que construas uma carreira sólida e com propósito. Esse é o nosso diferencial enquanto empresa. Olhamos de forma atenta e cuidada para cada pessoa que trabalha connosco porque acreditamos que a sua carreira é importante.



