Mais de 65% dos portugueses estão descontentes com os seus bancos, com as regiões do Centro, Alentejo e Norte a destacarem-se pelos índices mais elevados de insatisfação. No entanto, o estudo da Nickel, em parceria com a DATA E, revela um paradoxo: apesar do desagrado generalizado, apenas 13% dos inquiridos têm planos de mudar de banco. A resistência à mudança é grande, mesmo nas áreas mais insatisfeitas, como o Centro, onde quase 20% dos portugueses consideram a troca.
Ao olhar para o histórico de mudanças, o estudo aponta que três em cada dez portugueses não mudaram de banco nos últimos cinco anos. Mais impressionante ainda, 22,6% nunca mudaram de instituição financeira, e 30% não o fazem há mais de uma década.
As principais razões para essa estagnação estão no alto custo das comissões, taxas consideradas desnecessárias e preços pouco competitivos.
Por outro lado, as alternativas digitais começam a ganhar terreno. Mais de 95% dos portugueses estão cientes das opções bancárias digitais, e 73% dos que ainda não aderiram manifestam intenção de o fazer no futuro. A adesão é especialmente forte no Norte, Lisboa e Alentejo, com destaque para o Algarve, onde a procura por contas digitais aumentou 154% em 2024, comparado ao ano anterior.
Além disso, 47% dos portugueses mantêm contas em mais de um banco, seja para diversificar riscos, ter contas de poupança ou investir em condições específicas, com o objetivo de melhorar a gestão financeira.