Liderar uma empresa, quase centenária, como a Tabaqueira, subsidiária portuguesa da Philip Morris International, é um desafio enorme que assumi no início deste ano, em plena Pandemia COVID-19, com a determinação de dar continuidade à afirmação do valor que criamos para a economia e para a sociedade – enquanto uma das maiores exportadoras nacionais e grande geradora de emprego e riqueza para o País.
Em 2016, anunciámos, juntamente com a casa-mãe, a nossa ambição de construir um futuro melhor para os fumadores, livre de fumo, através da substituição dos cigarros convencionais por melhores alternativas que permitam, àqueles que decidem continuar a fumar, aceder a soluções que reduzem a nocividade e, dessa forma, proteger e promover a Saúde Pública.
Foi com essa ambição no horizonte que nos reorientámos e somos hoje uma empresa que investe em inovação, focada na Ciência e no desenvolvimento de soluções que vão muito para além do tabaco e da nicotina. Estar na dianteira desta mudança – altamente disruptiva para a indústria do tabaco e para o atual enquadramento regulatório em vigor – implica, por isso, assumir a responsabilidade de, através do diálogo aberto, colocar à disposição de reguladores e decisores a evidência científica que temos vindo a produzir e a coligir, por forma a garantir que as tomadas de decisão são fundamentadas cientificamente – e, assim, ir ao encontro das expectativas dos consumidores dos nossos produtos, dos reguladores e da sociedade em geral.
Mas liderar esta alteração disruptiva do nosso modelo de negócio implica, também, uma mudança cultural no seio da Organização que só é concretizável com as nossas pessoas. A todos, sem exceção, desde o início, foram comunicados o significado e o propósito da transformação da nossa empresa. O empoderamento baseado no conhecimento de causa e a certeza de fazerem parte de um movimento altamente transformador foram essenciais para motivar as equipas em torno desta mudança de paradigma. A mudança – plena e efetiva – só é possível quando é acarinhada e alimentada por todos.
Hoje somos 71 00 pessoas a nível global e, aproximadamente, 1200 pessoas a nível local. Todos lideramos a nossa transformação, assumimos o papel de embaixadores e somos os primeiros a acreditar e a comunicar o novo propósito e visão ao exterior.
É com as nossas pessoas que queremos continuar a construir o futuro: atendendo aos atuais desafios, apostámos numa maior flexibilização do trabalho e renovámos os nossos escritórios, garantindo a segurança de todos e criando mais espaços de encontro e de diálogo para uma maior humanização do trabalho.
Ajustámos as nossas práticas e formas de trabalho para garantir a operacionalidade e proximidade entre todos, reforçámos a comunicação interna para assegurar uma maior coesão das nossas equipas e consolidar o seu compromisso na prossecução deste nosso grande propósito: queremos que estejam informados e que possam participar na definição do futuro da empresa, como até agora.
Acredito que estamos hoje muito mais capacitados para enfrentar os desafios futuros que nos esperam. A nossa posição enquanto líderes de uma indústria em profunda transformação dá-nos uma responsabilidade acrescida, mas, acima de tudo, dá-nos a capacidade de irmos mais além, de nos assumirmos como um agente ativo e fundamental da mudança, em prol de um futuro melhor para as pessoas.
Na Tabaqueira lideramos a nossa transformação e assumimos a responsabilidade de desafiar o mundo para que nos acompanhe.
O futuro sem fumo começa em nós. E o futuro constrói-se hoje.
Este artigo foi publicado na edição nr16 da revista Líder.
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Por Marcelo Nico, Diretor-Geral da Tabaqueira