A sustentabilidade é um dos pilares mais valorizados pelos consumidores, tornando imprescindível que os negócios assumam responsabilidade ambiental. Um estudo recente da Escolha Sustentável concluiu que 14% dos consumidores portugueses adquirem regularmente produtos sustentáveis e mais de metade (55%) têm consciência da importância de mudar os seus hábitos de consumo. Estes números revelam uma oportunidade para as empresas alinharem os seus objetivos com a urgência ecológica.
Mas a sustentabilidade não é o único fator que os líderes devem ter em conta, pois não é possível ignorar o crescimento do universo digital. Estas vertentes devem estar relacionadas, principalmente quando o e-commerce apresenta inúmeras vantagens para o meio ambiente, pela redução das deslocações individuais e a possibilidade de otimização das rotas, que levam à diminuição das emissões de carbono.
Neste cenário, o principal desafio dos líderes empresariais é manter o negócio competitivo e, ao mesmo tempo, relevante para um consumidor exigente. E, para o superar, a evolução da tecnologia tem conduzido a diferentes ferramentas que apoiam os negócios, tais como a Inteligência Artificial (IA), com funcionalidades como a previsão da procura, a organização dos stocks e, desta forma, a redução da produção de excedentes.
Os pontos de venda digitais, como lojas online, marketplaces, aplicações móveis e redes sociais, facilitam a incorporação da IA e impulsionam a economia circular. Os negócios de produtos em segunda mão, ou até mesmo reciclados, estão acessíveis a partir de uma conta online, o que disponibiliza novas oportunidades para empreendedores focados na oferta de soluções que partam, desde logo, de princípios sustentáveis.
Apesar das inúmeras estratégias para reduzir o impacto ambiental da produção, é importante que os consumidores minimizem as compras, por serem sempre libertados gases. No entanto, ao comprar online, devem evitar entregas rápidas ou devoluções, por se tratarem de serviços que implicam veículos subutilizados e, por isso, mais recursos. Ao averiguarem que se trata de práticas recorrentes, as empresas, por sua vez, devem ter o cuidado de implementar estratégias que as diminuam.
O relatório E-Commerce Trends Report 2025, da DHL eCommerce, demonstra que 72% dos consumidores a nível global já consideram o fator sustentabilidade antes de finalizar uma compra. Por isso, não falamos de um público do futuro, falamos dos consumidores que diariamente moldam o mercado, procurando líderes e empresas que acompanhem as suas necessidades e preferências.
O e-commerce não é apenas um conjunto de canais de vendas, mas de oportunidades, impulsionando o novo modelo económico que equilibra crescimento com impacto positivo. Tem um verdadeiro potencial para redefinir a forma como compramos, mas só executará com sucesso o seu propósito se for conduzido por líderes responsáveis. Numa época em que cada clique deixa uma pegada, vence a liderança que assume que inovar também é cuidar do planeta.