Tudo mudou, em especial o trabalho, e as ferramentas de gestão de pessoas chegaram a uma nova era. Bob é o nome da plataforma de RH que depois de Tel Aviv, Nova Iorque, Londres e Sydney, aposta no mercado português e abre um escritório em Lisboa, onde vai criar um Tech Hub europeu.
Partindo do princípio de que as pessoas são hoje o recurso mais valioso das organizações, a plataforma quer servir as empresas “modernas”, partindo o mote “the modern HR platform, for modern business”.
A Líder falou com Ronni Zehavi, CEO e fundador da HiBob, e João Ferro Rodrigues, Managing Director e responsável pela HiBob em Portugal.
O que esperar desta plataforma?
Ronni Zehavi (RZ): É mais do que uma plataforma de gestão de pessoas. Na nova era em que vivemos, os colaboradores estão no centro, é a sua experiência e engagement que conta. Por isso, a tecnologia tem de ser agradável à vista, intuitiva e com a qual as pessoas se possam relacionar. Somos conhecidos globalmente como o Instagram da Tech HR, pelo design e facilidade de utilização. A ferramenta é destinada a empresas com mais de 100 colaboradores e multinacionais que operam globalmente. Neste momento o sistema pode ser integrado numa plataforma ATS (Talent Aquisiton), mas está previsto que a plataforma desenvolva o seu modelo de ATS e assim considerar todo o ciclo de atrair, recrutar e gerir pessoas.
Quais as vantagens?
RZ: Acredito que estamos no início de uma enorme mudança na forma como as pessoas trabalham, globalmente, em muito influenciada pela nova geração que agora domina o mercado de trabalho. Esta nova geração chega com um mindset diferente e o covid acelerou a mudança, como o trabalho híbrido e flexível. É uma nova era, e esta plataforma é uma resposta a esta nova era. Esta ferramenta vai ajudar as empresas, e em especial a área dos RH, complementando o negócio. A ideia não é substituir o fator humano, nem os departamentos específicos, mas libertar tempo de certos fluxos de trabalho (payroll, avaliações de desempenho, compensações e benefícios, entre outras), e empoderar os gestores ao desenvolvimento e gestão das pessoas. Nós não inventámos os modelos, apenas os democratizámos e simplificámos de forma a puderem ser usados de forma intuitiva.
A HiBob chega a Portugal onde vai criar um Tech Hub europeu em Lisboa, começando pela abertura de um escritório na Avenida da Liberdade. Quais são os desafios?
João Ferro Rodrigues: O principal desafio é corresponder às expetativas que a HiBob tem para o mercado português, e criar uma equipa em Portugal para a qual estamos neste momento a recrutar. E esse, é de momento, o nosso grande desafio. Estamos a acolher muitas pessoas e a conhecer novos talentos, com o objetivo de criar uma equipa de 70 colaboradores até ao final de 2023.
Segue-se um desafio de produto. A equipa de Lisboa vai ficar responsável pelo desenvolvimento de um produto específico, informação que por agora não podemos partilhar, mas que promete ser um excelente produto. Este é um ótimo desafio, pois estamos a trabalhar com o melhor sistema de RH no mundo, o que está a crescer mais rapidamente e mais bem desenvolvido e que responde às tendências atuais da gestão de pessoas a nível global. Queremos que as pessoas saibam que chegamos a Portugal e que estamos próximos das empresas, prontos para ajudar no desenvolvimento das suas carreiras.
RZ: A seguir a Silicon Valley, Tel Aviv é um dos Hub tecnológicos mais desenvolvidos no planeta, em que por cada 1000 unicórnios, 100 estão baseados em Israel. A sinergia entre as equipas, com a exposição ao mais inovador tech hub e elevado nível de talento de Tel Aviv, vai contribuir de forma positiva para o desenvolvimento da equipa de Lisboa.
Quite quitting, great resignation, entre outras tendências no mundo do trabalho, em que o salário já não é o que retém as pessoas. Que soluções se apresentam?
RZ: A vida está em primeiro, e depois o trabalho. Essa é uma grande mudança. E a plataforma vai ajudar a colocar a vida em primeiro, será um “lifework balance” e não ao contrário. Tudo se faz com prevenção, e a prevenção começa com o mindset correcto e no empoderamento dos gestores. Dizer que se está preocupado com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e depois fazer um check em aulas de yoga, só por fazer, não está certo. O bem-estar (wellbeing) vai ser um grande tema pelas expectativas desta nova geração. Hoje já não é o trabalho que define a identidade da pessoa, mas sim o equilíbrio entre as duas partes. Se a organização não se preparar para isso, e não ajudar os seus colaboradores, eles vão acabar por desistir, ou enfrentar questões de saúde mental. Isto vai ser um assunto transversal a toda a organização, e sendo um “modern business” esta questão ainda ganha mais relevância.
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