Num momento em que a Inteligência Artificial redefine modelos económicos, pressiona governos e obriga empresas a repensar a própria noção de trabalho, a pergunta já não é se os líderes devem adaptar-se, mas como o vão fazer. É neste contexto global — de disrupção acelerada e fronteiras cada vez mais ténues entre humano e máquina — que Lisboa recebeu o CONNECT 2025, um encontro que juntou clientes, parceiros e especialistas para pensar o impacto da Inteligência Artificial na liderança e na gestão de talento.
A conduzir a agenda esteve Filipe Santos Seixas, Business Development Director da ISQe, que colocou a fasquia alta logo ao início: pensar a liderança com estratégia, humanidade e foco no impacto. Não apenas no próximo trimestre, mas nos próximos anos.
Liderança híbrida e métricas que mexem no terreno
Um dos momentos mais marcantes veio de Rogério Canhoto, orador convidado, que deixou números difíceis de ignorar: as ferramentas de IA podem tornar equipas 37% mais rápidas e melhorar a qualidade do trabalho em 20%. Um retrato de uma liderança híbrida onde, segundo o próprio, o papel do gestor passa cada vez mais por interpretar, orientar e decidir.
O evento serviu também para levantar o véu sobre o que aí vem em tecnologia de desenvolvimento de talento. Márcio Silva, Operations Director da ISQe, apresentou novas funcionalidades da plataforma Cornerstone, reforçando a capacidade de personalizar estratégias de aprendizagem e de alinhar competências com necessidades reais das empresas.
A aplicação prática veio pela voz de duas clientes: Marta Fortunato (The Navigator Company) e Maria da Fé Silva (Arrow Global). Ambas partilharam experiências que demonstram como as soluções digitais têm acelerado o desenvolvimento de competências e alimentado culturas de aprendizagem contínua. Uma exigência num mercado onde o conhecimento envelhece depressa.
HiPitch e a integração entre aprendizagem e performance
Filipe Santos Seixas apresentou o HiPitch, a solução integrada do ISQe que liga aprendizagem, performance e impacto num único ecossistema. Uma tentativa de resolver o problema clássico das organizações: formar não é suficiente, é preciso medir o efeito da formação.
AI Agents a escalar aprendizagem
O encerramento do evento coube a Javier Anaya, que mostrou como os AI Agents da Cornerstone estão a permitir personalizar experiências de aprendizagem à escala, adaptando conteúdos e trajetórias de desenvolvimento ao ritmo e às necessidades de cada colaborador.
«Na ISQe estamos a moldar o futuro com talento, inovação e tecnologia — mas, acima de tudo, com e para as pessoas», sublinhou Filipe Santos Seixas, resumindo o espírito do encontro.
O CONNECT 2025 acabou por reforçar o papel da ISQe como ator central na transformação digital da aprendizagem e do desenvolvimento de talento, criando espaços onde inovação, estratégia e propósito se encontram e onde o futuro da liderança começa a ser desenhado.



