- O Manifesto Comunista, de Marx e Engels, apresenta uma ideia que mudou o mundo. Mas as mudanças inspiradas na ideia do livro têm dado mau resultado em todo o lado. A Venezuela é apenas um exemplo atual. Há outros, como o Zimbabué de Robert Mugabe, que um disse que ia mostrar ao mundo que as forças do neoliberalismo podiam ser desmanteladas. Como explica Johan Norberg em O Manifesto Capitalista (Guerra e Paz), Mugabe acabou sim por desmantelar o seu próprio país. Num momento em que o termo neoliberalismo está um bocado gasto, os autoproclamados progressistas falam agora de ultraliberalismo. Uma vez que tendem a caricaturar a economia de mercado, importa ler este livro oportuno. Norberg defende o que está à vista de todos: a liberdade económica num estado de direito funcional é o caminho para o crescimento. Como diz o autor, não se trata apenas de números e de dinheiro mas, na prática, da diferença entre viver até aos 65 ou até aos 80, isto é, de ver os netos a crescer ou não ver.
- É por isso que uma boa sociedade precisa de empresas grandes, fortes e independentes do Estado. O recente relatório Long Term Growth Champions, publicado pelo Financial Times, não traz boas notícias. No top 300 destes campeões do crescimento há três empresas portuguesas. A primeira, Revesperfil, está no lugar 162. A SweetCare.com é 201 e a Controlar Innovating Industry é 233. É tudo. Não é muito. Parabéns a estas três empresas, aos seus gestores e trabalhadores. Que sirvam de exemplo e inspiração.
Opiniões
Manifesto capitalista
16 Dezembro, 2024 | 2 minutos de leitura
Miguel Pina e Cunha,
Diretor da revista Líder