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Home Entrevistas O que pensa sobre Putin e sobre esta guerra o escritor ucraniano mais lido do país

Entrevistas

O que pensa sobre Putin e sobre esta guerra o escritor ucraniano mais lido do país

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28 Março, 2022 | 14 minutos de leitura

Fálamos via Zoom, enquanto em Portugal ainda era fim de tarde e na Ucrânia era já hora de jantar. Andrey Kurkov estava na cozinha e de quando em vez percebíamos que a sua mulher se ocupava com os afazeres domésticos. Estava concentrado na conversa e também tenso pelo momento que se vive no seu país. Olha para a realidade de uma forma lógica e destemida, não havendo espaço para lamentações ou abordagens sentimentalistas, importa apenas falar e explicar o que se passa naquele país, interessa falar a verdade e explicar ao Mundo quem é Putin, quem são os ucranianos, o que justifica esta alarvidade que todos os dias vemos em direto nas televisões e redes sociais. Putin está velho, doente e enlouquecido. Passou dois anos fechado num bunker a ler e a escrever. Viaja sempre com a sua sanita para garantir que ninguém tem acesso aos seus dejetos e ao seu ADN. Na sua cabeça, o Mundo persegue-o e ele persegue o Ocidente, desafia a ordem das coisas, mata sem dó nem piedade, vive sozinho, não tem amigos, nem família. Andrey Kurkov é um dos escritores ucranianos da era pós-Soviética, mais lidos. Traduzido em dezenas de línguas. Nasceu na Rússia, fala e escreve em russo, mas é ucraniano. Fez parte do KGB, foi Guarda Prisional em Odessa e desde então que escreve. Escreve novelas, ficção, sátira. É também Presidente do Pen Ucrânia. Falou em exclusivo para a Líder.

Por: Catarina G. Barosa Fotos: Andrey Kurkov

Como se chegou até aqui, a esta situação terrível em que a Ucrânia é invadida pela Rússia?

Este é o desenvolvimento lógico das relações com a Rússia, porque a Rússia caminha para um regime autoritário extremo, e a Ucrânia caminha no sentido da democracia. A Ucrânia e a Rússia são países opostos, são estados de espírito opostos e mentalidades opostas. Putin não foi capaz de transformar a Ucrânia num novo estado satélite ou numa nova parte da Federação Russa, por isso decidiu destruí-la.

 

O objetivo é destruí-la? Como explicamos este conflito? Qual é a principal razão desta guerra?

Existem várias razões. Primeiro, Putin é velho e provavelmente morrerá nos próximos dois ou três anos. Ele quer ser lembrado nos livros escolares da Rússia como alguém que recriou a União Soviética ou criou um novo império russo como uma superpotência. É por isso que ele não se importa com quantos russos são mortos na guerra, com quantos oligarcas se tornam pobres, ele não se importa que a Economia esteja a cair. Para ele, o principal motivo é criar um Grande Império Russo e criar uma situação em que todos tenham medo da Rússia.

 

A maioria dos russos disse que concorda com Putin, que isto não é uma invasão. Mas acredita que a população russa está com Putin? Putin tem a confiança da população?

Por que não pergunta se concordo que 90% dos chineses concordam com Xi Jinping? Na Rússia não há imprensa livre, não há acesso a informação objetiva, não há televisão gratuita, rádio, jornais; não há acesso ao Youtube, Twitter, Facebook, Instagram. O povo está psicologicamente hipnotizado há 20 anos, acreditam no seu líder, pensam que a Rússia está rodeada pelo inimigo e o principal inimigo são os Estados Unidos e o segundo grande inimigo é a civilização ocidental. É claro que pensam que Putin pode defendê-los dos americanos, da promoção da homossexualidade, da música ocidental e de tudo o resto que não é apropriado e ortodoxo.

 

O Putin é louco? Alguns dizem que Putin é paranoico, será?

Ele é paranoico porque viaja com a sua própria casa de banho e com uma equipa especial que verifica que nada do que produz na sanita é roubado pelos americanos para verificar o seu ADN. Ele é louco, mas tornou-se mais louco nos últimos dois anos de Pandemia porque passou-os num bunker a ler e a escrever coisas. Não sabemos o que ele estava a ler e o que estava a escrever, exceto o artigo que publicou sobre a história russa e ucraniana, a explicar porque é que a Ucrânia deveria pertencer à Rússia.

 

Ele considera-se um czar?

(Ele) É um czar. É reeleito e será reeleito até morrer. Então, é o czar da Rússia. Toma as decisões. O Parlamento não tem qualquer papel. Tudo é decidido por ele.

 

Acha que ele tem ao seu lado muita gente de confiança?

Não.

 

Quem vai deter Putin?

Ninguém o vai parar porque ele não acredita em ninguém que o possa fazer. Só se encontra com Shoigu, o Ministro da Defesa. Talvez tenha mais um ou dois confidentes, mas não conhece mais ninguém pessoalmente.

 

Até a sua família?

Não tem família. A mulher divorciou-se dele há muitos, muitos anos e nem sequer falam ao telefone e não se encontram.

 

Está sozinho?

Sim.

 

No que diz respeito aos escritores na Ucrânia, antes desta guerra, qual era o seu papel, e o que podem fazer agora?

Bem, resumidamente, os escritores ucranianos sempre foram independentes da política ucraniana até 2004, porque o Governo e o Ministro da Cultura não se importavam com escritores e com Cultura, e os escritores também não se importavam com a Política na Ucrânia. A partir de 2004, na época da Revolução Laranja, alguns escritores ucranianos tornaram-se mais envolvidos politicamente. Então, começaram a fazer jornalismo e a dar cobertura a eventos públicos. A partir de 2013/14, a literatura ucraniana tornou-se muito mais militante, e, de facto, em vez de uma literatura, passámos a ter duas literaturas, porque pessoas que foram para as linhas da frente e que lutaram contra separatistas e russos, começaram a escrever diários, memórias, romances, contos, etc., então este povo criou literatura sobre a guerra, e agora temos mais de trezentos livros sobre a guerra em Donbass, temos mais de 400 mil veteranos de guerra em Donbass, e temos literatura tradicional ucraniana sobre sexo, drogas e Rock & Roll, e um pouco de Política também. A literatura na Ucrânia é escrita principalmente em ucraniano e em russo.

 

Escreve em que língua?

Em russo. Escrevo em russo, ficção em russo.

 

Porque estudou numa União Soviética?

Não, porque sou de etnia russa. Os meus pais eram russos, eu nasci na Rússia. Cresci na Rússia a falar russo.

 

Mas é ucraniano?

Sou cidadão ucraniano e politicamente ucraniano, sim.

 

O que acha de Zelensky?

Bem, não falava muito dele, não votei nele, não gostava dele. O que ele está a fazer agora está correto. Comporta-se como um estadista se deve comportar em estado de guerra.

 

Porque também escreve com humor e sátira, identifica-se com o seu Presidente quando ele era ator e comediante?

Desculpe, ele era um comediante de lixo, e o seu humor era, se é que conhece, do tipo do humor de Benny Hill, mas este era melhor do que Zelensky. Do tipo de comediantes ocidentais da Grã-Bretanha na década de 1970, que eram horríveis, mas eram amados por pessoas sem educação.

 

Por isso terá ganho as eleições com 73% de votos?

Sim, com 73%. Essa é talvez a percentagem de pessoas na Ucrânia que veem esse tipo de comédia, de shows. Eu pertenço à parte restante da população, que não vê isso.

 

Os ucranianos temem um ataque nuclear na Ucrânia levado a cabo pelos russos?

Após o desastre de Chernobil, os ucranianos não têm medo de ataques nucleares.

 

Mas falam sobre isso?

Não, na Ucrânia ninguém fala de ataques nucleares. Falam do perigo de Putin poder sabotar centrais nucleares perto de Zaporizhzhya, mas, quero dizer, não há pânico, não há medo, porque vivemos com o desastre de Chernobil durante 35, 36 anos.

 

Há também uma guerra de comunicação com a Rússia por causa da propaganda e informação falsa que esta dá ao Mundo? Zelensky tem de mostrar a verdade?

Zelensky não é a principal transmissão da verdade.

 

Diga-me outros nomes.

Não, não, não vou dizer-lhe outros nomes. Temos muitas ONG que estão a fazer esse trabalho de contrariar as informações falsas. Zelensky está a comunicar as suas mensagens sobre o estado do país. Ele não está a falar de informações falsas e todos os que são educados entendem o que é falso e o que é real.

Mas, com este tipo de informação, Zelensky todos os dias mostra o que está a acontecer no terreno.

Pode citar-me o que ele disse na sua comunicação, porque, pelo que sei, ele não está a lutar contra falsas informações, está apenas a dar apoio moral ao exército e a tentar inspirar as pessoas. Não é uma luta contra fake news ou guerra de informação. A guerra da informação é travada por meios diferentes. Não se pode comentar “todos os porquês” da Rússia. A Rússia está a mentir mil vezes por dia, enviando notícias falsas e informações falsas.

 

Acredita que irá haver paz?

Quero acreditar na paz, mas, a paz é quando se tem um acordo de paz. Não há um acordo de paz possível com a Rússia e, não sei o que pode parar a guerra, porque o compromisso que ele (Putin) quer é demasiado caro para o Estado ucraniano, porque, no final, a Ucrânia perderá a independência se a Ucrânia concordar com as suas condições.

 

Quais as consequências da continuação desta guerra?

Já temos uma grande parte do país destruída, e, na verdade, essa parte do país que está destruída são as regiões de língua russa, pelo que a maioria dos civis que foram mortos, no leste e no sul, são falantes russos e russos étnicos que Putin disse que tem vindo a defender. Ele não quer saber das vidas humanas, sejam elas russas ou ucranianas. Quer ocupar o país para o anexar como anexou a Crimeia. Não poderá fazê-lo com todo o país. Pode “morder outro pedaço”; quase ocupou o território da costa Azov para ter estradas para a Crimeia, que era o seu plano em 2014, mas não conseguiu fazê-lo. Quer ocupar Odessa, quer cortar acesso de Kiev ao Mar Negro e ao Mar Azov.

 

Acha que a anexação da Crimeia foi uma retaliação por causa da revolução feita por todos os jovens na Ucrânia em 2014?

Esta é claro a continuação de Maidan, sim. Maidan leva à anexação da Crimeia e à guerra em Donbass. A guerra em Donbass já era uma guerra com a Rússia, e agora é apenas uma fase muito maior desta guerra, ou a fase final, e precisamos decidir: ou a Ucrânia permanecerá independente ou a Ucrânia vai cair, e então 20 milhões de ucranianos irão para a Europa, outros permanecerão, e a Ucrânia tornar-se-á no distrito sudoeste da Federação Russa. Este é o plano dele, mas não acredito que vá acontecer.

 

O que pode a União Europeia fazer pela Ucrânia?

Bem, em primeiro lugar, enviar defesas aéreas, munições, armas, ajuda financeira, comida para todos e para o exército e ajuda aos refugiados ucranianos que vão para a Europa.

 

Mas se a Europa defende o céu da Ucrânia, começamos a Terceira Guerra Mundial, porque provavelmente a NATO terá de intervir?

O problema é que Putin já destruiu a reputação da NATO e dividiu a União Europeia. A União Europeia não tem uma única voz comum, porque a Alemanha quer comprar gás à Rússia, já estava a construir o gasoduto Nord Stream 2 com a Rússia quando os russos já estavam a matar ucranianos. Portanto, não existe realmente uma União Europeia.

 

Mas foi a primeira vez na história da União Europeia que esta decide rapidamente com ajuda militar e com as sanções económicas à Rússia. Acho que foi um sinal.

Foi um sinal de que a União Europeia acordou subitamente e compreendeu o que estão a negociar na Rússia. Berlusconi era o melhor amigo de Putin, Angela Merkel era como uma mãe para Putin, ela nem sequer andava a criticá-lo, mas na verdade ele era responsável por envenenar pessoas em Inglaterra e matar opositores chechenos para condená-los em Berlim.

 

E os Estados Unidos, o que acha da sua postura perante o que esta a acontecer?

Bem, eles são agora os maiores parceiros, estão a ajudar mais a Ucrânia do que a Europa; porque possuem melhores analistas do que a Europa, porque viram isto chegar antes de a Europa acordar, e estavam a fornecer informações ao Governo ucraniano e o Governo ucraniano não acreditava. Zelensky e outros diziam que a América estava a exagerar sobre os perigos da Rússia. Agora todos estão em silêncio sobre isto.

 

Provavelmente Zelensky, para fazer as negociações, terá de abdicar de fazer parte da NATO? Concorda?

Todos compreendem, e entenderam que a Ucrânia não aceitável para a NATO. Foi anunciado em 2008, na Cimeira da NATO de Bucareste, foi pessoal, pública e privadamente, muitas vezes dito pelos generais da NATO, que toda esta conversa é apenas política pública. Ninguém na NATO está à espera da entrada da Ucrânia, e Putin, claro, também sabia disto. Por isso, usou esse facto como pretexto para invadir a Ucrânia.

 

Está a planear ficar na Ucrânia?

Sim.

 

Até o fim?

Sim.

 

Quer dizer mais alguma coisa?

Este desenho de Putin, através da Rússia para a Crimeia, está quase a concretizar-se. E ele tem mais um sonho: unir a Rússia com a região de Kaliningrado, com a Prússia, com Konigsberg. E para isso, terá de cortar o caminho através da Lituânia e da Polónia,

e se a Europa não reagir à agressão da Rússia na Ucrânia, a NATO terá de reagir a este

futuro problema entre a Rússia, a Polónia e a Lituânia, e a Polónia e a Lituânia são membros da NATO. Por conseguinte, a NATO não evitará defender estes países.

 

Considera que, no futuro, a NATO tem de participar no conflito, porque tem de defender esses países?

Sim, a NATO deve preocupar-se com a reputação da organização que irá realmente defender os seus membros. Não sei se a Rússia decide atacar a Lituânia, mas se o fizer a NATO terá de reagir, mas irá reagir com força o suficiente para defender o país?

 

Está a escrever alguma coisa agora?

Estou a escrever artigos e ensaios para os meios de comunicação internacionais. Não estou a escrever nenhuma ficção.

 

Destaques

“Putin é velho e provavelmente morrerá nos próximos dois ou três anos.”

 

“O povo está psicologicamente hipnotizado há 20 anos, acreditam no seu líder, pensam que a Rússia está rodeada pelo inimigo e o principal inimigo são os Estados Unidos e o segundo grande inimigo é a civilização ocidental.”

 

“Ele é paranoico porque viaja com a sua própria casa de banho e com uma equipa especial que verifica que nada do que produz na sanita é roubado pelos americanos para verificar o seu ADN.”

 

“Não, na Ucrânia ninguém fala de ataques nucleares. Falam do perigo de Putin poder sabotar centrais nucleares perto de Zaporizhzhya.”

 

“Zelensky e outros diziam que a América estava a exagerar sobre os perigos da Rússia. Agora todos estão em silêncio sobre isto.”

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