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Reportagens

Saramago em órbita; Pilar dá-lhe sentido: «Nós somos o outro do outro»

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19 Novembro, 2025 | 9 minutos de leitura

Há metáforas que nascem prontas. Portugal passou séculos a olhar o Atlântico como porta de saída. Agora, olha para cima. No céu, onde antes só havia pontos de luz indiferenciados, começa a desenhar-se uma constelação portuguesa com nomes que dispensam apresentação: Camões, Pessoa, Saramago, Bessa Luís.

A LusoSpace chama-lhe ‘Constelação Lusíada’, e a imagem tem qualquer coisa de excessivamente bela para não ser levada a sério: poetas portugueses a viajar em órbita, como se o cânone literário tivesse pedido um bilhete de ida para além da linha azul que separa a atmosfera dos mistérios das galáxias. 

Além disso, há ainda uma camada que não cabe nos desenhos de órbitas nem nos comunicados técnicos: a de quem pensa o céu a partir da terra. Pilar del Río traz essa camada. Olha para a constelação com a serenidade crítica de quem compreendeu José Saramago por dentro e por fora. Para ela, o satélite não leva apenas nomes; leva também uma responsabilidade. E uma frase: ‘Nós somos o outro do outro’. É a chave para entrar na sua leitura do projeto. 

Pilar del Río esteve presente na inauguração do satélite José Saramago, na sede da LusoSpace.

Como explicou Pilar à Líder, em exclusivo, esta constelação «é um sinal de otimismo», não só pela inovação que a caracteriza, mas pelo significado de enviar estas personalidades para o espaço. «Algo estamos a fazer bem se, ao invés de batizar satélites com nomes de guerreiros ou líderes, usamos escritores, poetas, pessoas que fecundam o mundo.» 

 

O Waze dos oceanos 

No mesmo sentido, Ivo Vieira, fundador e CEO da LusoSpace, acredita que o projeto ultrapassa a engenharia e entra no território da identidade. Chama-lhe um «gesto simbólico fortíssimo». E percebe-se porquê. «É a primeira vez que Portugal lança uma constelação completa», diz. Depois, acrescenta com simplicidade, o que faz do projeto uma narrativa de peso: «O facto de termos nomes dos nossos poetas nos satélites significa que o nome dos nosso poetas vai para o espaço». Mas o que está por trás não cabe numa frase. 

Se o simbolismo puxa para o alto, a função puxa para o chão – ou, mais precisamente, para o mar. A Constelação Lusíada tem um propósito concreto: criar um sistema global de comunicações marítimas capaz de ligar qualquer navio, em qualquer latitude, através de mensagens curtas enviadas para os satélites. 

Ivo Vieira, fundador e CEO da LusoSpace

«Isto que permite criar o Waze dos oceanos», explica. O termo pode soar informal demais para um projeto tecnológico, mas funciona. Os navios passam a poder partilhar informação em tempo real sobre rotas, acidentes, manchas de óleo, icebergs à deriva e até indícios de pirataria. «Infelizmente ainda há piratas nos mares», diz Ivo, sem metáfora, apenas constatação. 

O efeito prático é direto: mais segurança, mais eficiência, mais capacidade de resposta das autoridades. Uma espécie de mapa vivo dos oceanos, atualizado por quem neles vive e navega. 

A LusoSpace não se fica por aqui. Para lá do mar, olha para a esfera mais densa da inovação: comunicações laser, tecnologias de segurança e sistemas que as Forças Armadas – Força Aérea, Marinha, Exército – têm observado com interesse crescente. «Na área da defesa, a questão da segurança é essencial», diz Ivo. Não entra em pormenores, mas deixa claro que o país tem ali mais do que apenas um projeto bonito para mostrar. 

 

Na grandeza do espaço brilha a pequenez do ser humano 

Esta homenagem poderia ser vista como uma provocação às crenças de Saramago, sempre cético e pouco dado a louvores. Já o diz o seu epitáfio: ‘Desprendeu-se a vontade de Baltasar Sete-Sóis, mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia’. Mas é às estrelas que sobe o inovador satélite, carregando a frase ‘Nós somos o outro do outro’, do livro O Homem Duplicado. Talvez assim a afronta seja menor, pois não quereria o escritor outra coisa que partilhar as suas palavras com o mundo – ou mundos. 

Pilar del Río colou os autocolantes no satélite, um com o nome do escritor e outro com a célebre frase: «Nós somos o outro do outro»

Porque foi sempre na imensidão da pequenez de cada um que Saramago encontrou o seu lugar na escrita, no meio do significado das palavras e dos seus pensamentos. Se é sobre isso e o céu está descrito, falta o chão. Pilar del Río lembra que Saramago escreveu sobre pequenas pessoas que enfrentavam grandes sistemas. E é a partir dessa memória que a sua companheira lê este gesto espacial. 

Às vezes sentimos que há pessoas que são grandes e pessoas que são pequenas. Resulta que todas as pessoas, as que aparentemente são grandes porque nascem em casas reais ou grandes impérios, e as que nascem de pais analfabetos, como Saramago, podem chegar longe, desde que trabalhem, estudem e respeitem os outros. Se usamos a razão e a consciência, podemos chegar longe, todos.

Mas também não duvida de qual seria a reação do escritor. Basta ter lido um livro seu ou visto dez segundos de qualquer entrevista para adivinhar o timbre. «O primeiro que diria seria: ‘Estão doidos! Que loucura é esta?’» A frase surge quase como se o ouvíssemos ali, a entrar pela sala adentro com a sua ironia luminosa. 

E, no entanto, também Saramago se debruçou sobre as incógnitas do cosmos, na obra menos conhecida do grande público, Um azul para Marte. Nessa noite, que dura dez anos, o escritor visita um planeta com hospitais, escolas e marcianos – mas sem azul. Quando os extraterrestres decidem vir à Terra procurar a cor perdida, Saramago corta-lhes o impulso: não iriam gostar do que cá encontrariam. «Tanta guerra, tanta violência, tanta falta de respeito, desprezo pelos outros. Saramago disse que seria melhor ficarem sem o azul», recorda Pilar. «Pode ser que agora o satélite lhes leve um pouco de luz.»

 

A importância das estrelas terem nomes 

Devidamente equipados para evitar contaminações do exterior, os convidados observaram a eterna companheira de Saramago a colá-lo ao seu lugar. Pilar sublinha que o satélite «está onde tem de estar» e que este passo, aparentemente «pequeno para a humanidade e também para a ciência», tem uma importância que ultrapassa a engenharia. «É importante que as estrelas tenham nomes, tal como é importante que um satélite tenha o nome de uma mulher, como a Agustina Bessa Luís», declara. 

E também a Terra precisa de mais luz, clareza e paz. Nos momentos perniciosos que atravessamos, quando a verdade se dissolve em slogans e as frases feitas reinam, a literatura e a literacia tornam-se, no olhar da jornalista, urgentes. 

É importante encontrar capacidade de reflexão, de beleza, de construção de paisagens e de seres humanos. A literatura torna-nos mais consistentes – é uma necessidade. Caso contrário, seremos apenas seres de slogans, que voam de um dia para o outro, que nos dizem que devemos votar neles ou odiar os imigrantes. E vamos acreditar em tudo se não formos capazes de refletir e dizer a frase que está no satélite: Nós somos o outro do outro. Isso é o mais importante.

Depois, há uma ideia que mexe com qualquer pessoa que alguma vez tenha lido um poema português com a sensação de estar a tocar num país inteiro. A LusoSpace decidiu abrir um espaço a quem quiser. Literalmente: qualquer pessoa pode ter o seu nome no espaço. «Por que não?», pergunta Ivo Vieira. Criaram a campanha nas redes sociais, bastando comentar e seguir a página para entrar na seleção. A iniciativa é simples, democrática e, ao mesmo tempo, tem aquele toque quase infantil de maravilha: a possibilidade de ver o próprio nome a viajar num satélite, à boleia de Camões ou Agustina Bessa-Luís.

Laboratório de memórias que orbitam a 600km de altitude 

Nenhum projeto se sustenta apenas em sonho. «Temos de articular todos os nossos instrumentos», sublinha o CEO. A Constelação Lusíada foi financiada pelo PRR, garantindo o impulso inicial. Segue-se a ESA, a Agência Espacial Europeia, onde Portugal precisa de investir e continuar a desenvolver a indústria nacional. «É importante que haja continuidade e investimento significativo, de forma que a indústria portuguesa possa crescer e crescer com valor acrescentado.» Ivo diz isto com a calma de quem trabalha com prazos que não se medem ao mês, mas o aviso fica implícito: não há constelações duradouras sem estratégia duradoura. 

No laboratório, o cenário é quase mágico. Engenheiros e investigadores zelam religiosamente pelo material, as mesas de trabalho e monitores projetam órbitas e trajetórias, enquanto descansam os restantes satélites da Constelação Lusíada, quase prontos para serem lançados, em fevereiro do ano que vem.

A equipa LusoSpace com Pilar del Río e o satélite José Saramago

A casa recebeu os familiares vivos de todos os que integram a comitiva espacial ao longo das últimas semanas, numa presença silenciosa e emotiva, exceto Camões, que, como se sabe, viaja apenas através da memória e da literatura.  

Ali, da ciência às recordações, da engenharia ao simbolismo, o gesto de colocar os poetas no espaço deixa de ser apenas técnico: torna-se ritual, celebração e promessa ao mesmo tempo. A LusoSpace está a escrever uma nova geografia portuguesa, não a dos limites do território, mas a dos seus símbolos. Uma geografia que começa nos livros e termina a orbitar a 600 quilómetros de altitude. 

E, estranhamente, faz todo o sentido. 

 

Fotografias: Leonor Wicke

Leonor Wicke,
Jornalista e Coordenadora Editorial

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Marcelo Teixeira,
Colaborador

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