As alterações económicas e tecnológicas das últimas décadas têm conduzido as organizações a encontrar estratégias de gestão do trabalho cada vez mais assentes em equipas. O papel de um líder na gestão dessas mesmas equipas é de extrema importância. Muita da dinâmica que se passa na equipa é por ele despoletada, e é através da perspicácia que o mesmo tem acerca de cada individuo que constitui a sua equipa de trabalho que ele vai otimizar a distribuição/delegação de tarefas.
Um líder de uma equipa de trabalho deve apostar nos pontos fortes de cada elemento que constitui a sua equipa em detrimento dos seus pontos fracos (incapacidade por parte de um elemento da equipa em realizar algo com qualidade e consistência. Por outras palavras, trata-se de uma atividade ou habilidade em que, frequentemente, o seu desempenho é abaixo da média).
Como o trabalho em equipa não depende de um só elemento, o que pode ser um ponto fraco num dado elemento da equipa (por exemplo: falta de à vontade para falar em publico; não dominar um determinado software, não ser bom em questões estratégicas, etc.) pode ser colmatado por outro individuo que pertença à mesma equipa e que revele nesse mesmo ponto capacidades extraordinárias (por exemplo: ser um comunicador exímio, dominar com profundidade e eficácia determinado software, ser um estratega). Trabalhar em equipa tem essa vantagem!
Quando me refiro a pontos fortes e fracos, refiro-me a competências em hard skills (quão bem se executa a parte técnica do trabalho) e a soft skills (quão bem se realiza um trabalho como um todo, a parte humana do trabalho).
Um líder tem que se autoconhecer muito bem, saber quais são os seus pontos fortes e fracos, mas para além disso deve cultivar uma sensibilidade extra para detetar nos elementos da sua equipa pontos fortes e fracos.
O que deve um líder fazer com os pontos fracos dos membros que fazem parte da sua equipa? Deve-os deixar lá, se a equipa como um todo conseguir colmatar os gaps individuais. Se isto não acontecer, deve fomentar o desenvolvimento e exploração dos pontos mais frágeis que um individuo da sua equipa revele. Não se deve deixar a responsabilidade da gestão dos pontos fortes e fracos só para o líder de uma equipa, é responsabilidade de cada individuo fazer o seu autodiagnóstico de forma a empreender energia naquilo que lhe é mais benéfico.