A Inteligência Artificial tem sido cada vez mais uma realidade na vida de todos, especialmente no setor dos negócios. Para o início de 2023, a McKinsey & Company fez um ponto de situação da evolução desta tecnologia, que põe em evidência os desafios que há pela frente, mas também os benefícios que a IA já trouxe.
Adoção, impacto e gastos com a Inteligência Artificial
Nos últimos cinco anos a adoção de IA mais que duplicou no setor dos negócios. Em 2017, 20% dos inquiridos reportaram que adotaram a Inteligência Artificial em pelo menos uma área do negócio, enquanto hoje o número sobe para 50%, de acordo com o “The State of AI in 2022”, que inquiriu mais de 1400 participantes de várias regiões e setores.
O nível de investimento em IA tem aumentado também. Por exemplo, há cinco anos, 40% das organizações mencionaram que mais de 5% do seu budget digital estava alocado para a IA, enquanto hoje mais de metade dos inquiridos declaram esse nível de investimento.
As áreas específicas em que as organizações encontram valor na Inteligência Artificial tem aumentado. Em 2018, a manufatura e o risco eram as duas funções mais usadas para essa tecnologia. Hoje, a área que mais lucra com a IA é o marketing e vendas, desenvolvimento de produto e serviço, e estratégia e finanças empresariais.
Líderes com a Inteligência Artificial
Cada vez mais as lideranças usam a IA para potenciar o negócio e expandi-lo. A análise da McKinsey revela que as organizações cujos líderes usam ativamente a IA têm uma vantagem competitiva, criam mais valor, e adotam mais frequentemente práticas de “vanguarda” que promovem a industrialização da Inteligência Artificial.
Novo talento na IA?
Pela primeira vez a McKinsey fez um estudo para analisar sinais da maturação da IA, e concluiu-se que as estratégias mais comuns que as organizações adotam para atrair talento põe em evidência o problema da diversidade da Inteligência Artificial, apesar de, ao mesmo tempo, esta apontar para a ligação entre a diversidade e o sucesso.
Todas as organizações afirmam que a contratação de talentos da área da IA, principalmente data scientists, continua difícil. As inteligências artificiais de alto desempenho reportam menos dificuldade, e chegaram mesmo a fazer algumas contratações, como engenheiros de machine learning.
Os engenheiros de software foram as posições que a IA mais contratou no último ano, mais que engenheiros de dados de IA. Este é outro claro sinal de que muitas organizações têm estado a incorporá-la cada vez mais nas aplicações empresariais.
Aumentar a diversidade nas equipas de IA ainda é um desafio
Foi também explorado o nível de diversidade nas equipas de IA das organizações, e a conclusão é que há muito que melhorar ainda. Dos inquiridos, 27% eram mulheres, e minorias étnicas ou raciais que desenvolvem soluções de inteligência artificial apenas 25%. Além disso, 29% das pessoas afirmam que as suas organizações não têm colaboradores pertencentes a minorias a trabalhar em IA.
Algumas organizações estão já a trabalhar para melhorar o talento que trabalha com a tecnologia, e 46% dos inquiridos afirmam que as suas empresas têm curso programas para aumentar a diversidade de género dentro das equipas.