Em ambiente organizacional, a sustentabilidade do negócio transcende as práticas ecológicas e abrange aspetos económicos e sociais. Para alcançar essa sustentabilidade ampla, o papel do Executivo que atua como team coach pode fazer a diferença porque pressupõe apoio às equipas para alcançar metas de curto prazo, mas também a implementação de estratégias que asseguram o crescimento e a resiliência a longo prazo.
O Executivo é o elemento que apoia o desenho e a implementação da estratégia organizacional. Não se pretende que seja o operacional e técnico que terá sido anteriormente, mas sim que atue como o conetor do que está desconetado, preenchendo os espaços, e que esteja continuamente centrado nos stakeholders, no momento presente antevendo o futuro.
A liderança deste Executivo abrange quatro funções essenciais, que irá alternando mediante as exigências do contexto. De acordo com as teorias da liderança funcional, o Executivo assume o papel de mentor, de instrutor, de coach ou de facilitador, apoiando cada necessidade especifica das equipas e dos seus membros perante o que exige o momento.
Se é verdade que muitos Executivos têm alguma facilidade em adotar os papéis de instrutor e de mentor, também é verdade que os papéis de team coach e facilitador exigem competências especificas para as quais o Executivo pode estar menos preparado. E serão estas as competências cruciais para a longevidade e a prosperidade de qualquer negócio.
A capacidade de uma empresa de se adaptar a mudanças e superar crises é um indicador-chave da sua sustentabilidade. Executivos que atuam como team coaches e facilitadores ajudam a construir essa resiliência, preparando o sistema para enfrentar desafios inesperados. Promovem uma mentalidade de crescimento, onde erros são vistos como oportunidades de aprendizagem e a inovação é constantemente promovida.
Na ABP Corporate Coaching apoiamos os Executivos numa abordagem de Team Coaching sistémico e dinâmico, convidando o Executivo a desapegar-se de uma cultura de responsabilização e de culpa, e a nutrir uma cultura P.A.L.I. (de segurança psicológica, alinhamento, aprendizagem e improvisação).
Para que possa também adotar esta abordagem mais sustentável, deixamos questões para reflexão:
1) A cultura da empresa e a sua liderança estão focadas nos padrões que reconhece no sistema ou em partes ou silos tratados de forma isolada perante a adversidade?
2) O trabalho é desenvolvido como forma de aprendizagem observando-se os muitos sistemas em que estão inseridos ou é abordado como problemas de execução de resolução pontual?
3) Como atuam os Executivos perante as interligações e interdependências que impulsionam o alinhamento que se pretende no sistema organizacional?
Este artigo faz parte da edição de outono da revista Líder, com o tema Humanity is Calling – Be Silent, Decide with Truth. Subscreva a Líder aqui.