A Grande Questão: Verdadeiro ou Falso? é o grande tema da revista Líder n.º 26. A edição já está disponível nas bancas (incluindo livrarias, Fnac e Bertrand) e em formato digital.
Na entrevista de abertura temos um dos pensadores mundiais mais influentes em Gestão. Adam Grant é Professor na Wharton School, Psicólogo e uma das rockstars em Comportamento Organizacional. Tem-se dedicado ao estudo da liderança e do universo corporativo, transmitindo o que aprende a líderes, gestores, empresários e académicos. A principal lição, garante, passa por cuidar das pessoas. Porque, como diz em entrevista à Líder, «Se não se preocuparem com os vossos colaboradores, eles provavelmente não se preocuparão com a vossa missão».
Esta é uma entrevista conduzida por vários académicos. O resultado? São perguntas certeiras por parte de quem segue há muito toda a investigação, os podcasts e os livros publicados por Adam Grant. Aliás, o próprio elogiou a abordagem criativa e as perguntas “invulgarmente ponderadas e instigantes” deste grupo, a que chamou de “impressionante comunidade de académicos”.
“A Grande Questão: Verdadeiro ou Falso?” A questão pode parecer filosófica, no sentido do amor ao conhecimento, mas é mais do que isso, é também amor à vida. A grande pergunta é saber distinguir a verdade da mentira, e também a de destrinçar o Humano do artificial. A verdade de que precisamos não é apenas metafísica é também a verdade real. O que é isso de verdade real num Mundo de Homens e máquinas inteligentes? Poder pensar e decidir com base em factos reais e verdadeiros, não manipulados, é condição necessária para não transformarmos o Mundo numa imensa virtualidade. Liderar num Mundo real e verdadeiro é o novo desafio das lideranças. Encontrar a verdade num Mundo repleto de informação e artificialidade, exige aos líderes um esforço acrescido, o esforço filosófico e de escrutínio permanente que obriga ao desenvolvimento de novas capacidades e competências humanas, demasiado humanas.
Nesta edição concentrámo-nos em descortinar o tema de capa através de diferentes lentes: UNRIC, Jornalismo, Liderança, Tecnologia, Espiritualidade, Psicologia e Arte.
Na abertura, o trabalho do Centro Regional de Informação das Nações Unidas para a Europa Ocidental (UNRIC) serviu de ponto de partida para uma conversa com a Diretora Sherri Aldis. Para quem o risco crescente da propagação de mentiras e discurso de ódio não conhece fronteiras e só pode ser abordado através de uma cooperação internacional mais forte. Em entrevista, Sherri demonstra-se vigilante, sabe bem que estes temas constituem sérias preocupações para o Mundo, e explica o que estão as Nações Unidas a preparar para reforçar a integridade da informação e criar um espaço online seguro e fiável à prova de futuro, mas não o podem fazer sozinhos.
Na Jornalismo, Paulo Pena, Jornalista e co-fundador da Investigate Europe, vem abrir o capítulo com um excerto do seu livro Fábrica de Mentiras: Viagem ao Mundo das Fake News, da editora Objectiva.
De seguida, Henrique Monteiro, Jornalista e Escritor, escreve sobre Fake News, Redes Sociais e Comunicação Social. «Não será o conceito de fake new ele próprio uma fake new? Ou pelo menos uma fake question, ou falsa questão?» Coloca a questão, exemplificando como a nossa História e a História do Mundo estão repletas de fake news. Um texto interessante e com muita ironia.
O texto “Factchecking” encerra o capítulo com os vários passos para uma melhor verificação dos factos.
Abrimos o segundo ângulo sobre Liderança com o texto “Flexibilidade no trabalho: Consequências do fake digital que os líderes não conseguem explicar”, assinado por Aristides Ferreira, Professor Associado no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.
O terceiro ponto traz-nos a lente da Tecnologia, com “As verdades e mentiras de um deepfake”, de Bruno Castro, Fundador & CEO da VisionWare, Especialista em Cibersegurança e Investigação Forense. Aqui, aprendemos a anatomia da Inteligência Artificial utilizada para criar perfis, vídeos, imagens e áudios falsos de pessoas reais.
No capítulo da Espiritualidade, percebemos que este caminho abre-nos a possibilidade de fazer melhor, de fazer bem, de fazer tão bem como os melhores a cada dia, sintonizando-nos com os valores universais. Quem o garante é Luís Portela, Presidente da Fundação Bial, numa conversa que desvenda um trilho de transformação interior com paciência, persistência e amor ao ritmo de um peregrino.
De seguida, Isabel Sá, Psicóloga e Investigadora Auxiliar da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, elucida-nos que «a experiência humana confirma que a mentira, a falsidade e o disfarçar o que se passa dentro de nós fazem parte do mundo social em que vivemos». Uma entrevista em torno da verdade sobre a mentira à luz da Psicologia.
No último ponto sobre Arte, “Temos o Teatro para mudar a realidade?”, um ensaio de Rui Catarino, Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II, sobre o valor e a beleza desta realidade artística e social.
Logo de seguida, Sergio Neuenschwander, Vislab, Instituto do Cérebro – UFRN (Natal), assina o texto “Neurocinema e a invenção da realidade”, apontando para o cinema enquanto forma de arte disruptiva que possibilita a invenção da realidade.
A encerrar o tema de capa, temos Penélope Clarinha, autora da capa da Líder, uma pintora original que se autointitula especialista em variedades.
A fechar a edição da Líder três dossiers especiais. O primeiro, Leading People sobre “Quais os pilares de uma Liderança Consciente?”. Leading Brands trata do tema “Como comunicar com verdade?”
E Leading Tech sobre “Big Data – o que tem de grande, afinal?”.
E ainda o encarte especial da Aprender Magazine 2024 sobre “Formação de Excelência para Líderes”. (INCLUIR LINK NA APRENDER)
Líder é a revista da Tema Central. É uma publicação, com quatro edições por ano, de ensaio, crítica, investigação e reflexão, que aborda todas as áreas da liderança.
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