Amanhã assinala-se o Dia do Trabalhador, uma data destinada a celebrar as conquistas dos direitos do trabalho, mas também sensibilizar para a falta de condições que ainda se verificam pelo Mundo.
Este dia tem origem na histórica greve geral de Chicago, no dia um de maio de 1886, em que vários trabalhadores se manifestaram pelos seus direitos, tais como uma jornada de trabalho de oito horas. A manifestação, inicialmente pacífica, foi alvo de uma violenta repressão – conhecida como o caso Haymarket – que causou provocou a morte e ferimentos a várias pessoas.
Em Portugal, este feriado começou a ser assinalado em 1890, com uma interrupção durante o Estado Novo. Posteriormente, a celebração voltou após o 25 de abril de 1974, oito dias depois da Revolução dos Cravos.
A Líder reuniu sete tendências partilhadas pelos membros do Forbes Coaches Council que estão em declínio e como as organizações se estão a adaptar para promover ambientes de trabalho mais dinâmicos, inclusivos e eficientes.
1. Hierarquias no local de trabalho
Joel P. Martin, CEO da Positively Powerful, Triad West Inc.
As hierarquias no local de trabalho estão a desaparecer. A tecnologia reduziu a forma de gerir pessoas com base no “faça o que eu digo”, bem como a microgestão. Paralelamente, as pessoas observam a forma como todos os colaboradores estão a ser tratados e comparam o tratamento que sentem. Os colaboradores querem ser ouvidos e sentir que são importantes.
2. Não valorizar a presença do outro
Zachary Green, Co-Diretor Executivo, Instituto de Organizações Sem Fins Lucrativos da Universidade de San Diego
A realização de que há um valor em estar na presença física do outro está a aumentar. Embora não se deva ressuscitar a necessidade de estar no mesmo espaço físico para todas as reuniões uma videoconferência também não deve substituir a reunião espontânea no escritório com um colega. A presença dos outros é necessária, para se aprender e socializar. Os lugares intermédios têm valor. É altura de voltar a honrar este tipo de ligações.
3. Avaliar o nível de empenho pelas horas de entrada e saída
Tony Cooke, CEO Executive Coach & Strategic Advisor, Bartlett Cooke Partners
Julgar o compromisso de alguém para com a empresa pela hora a que começa a trabalhar e pela hora a que termina está a cair em desuso. Em parte, isto deve-se ao facto de o trabalho híbrido tornar este aspeto muito menos visível, mas também ao facto de os empregadores começarem a perceber que o número de horas trabalhadas não está correlacionado com a contribuição de um empregado.
4. Homens que usam gravata
John L. Evans, Jr., Head of Business Development, Crummer Business School, in partnership with Fortune, Evans&Evans Consulting
A gravata de homem está a sair de moda – e não é para menos, por ser um acessório, em parte, inútil. Um fato elegante, com uma camisa bem passada, demonstrando organização e brio, é suficiente.
5. A mentalidade do hustle
Dani Watson, CEO da The Clique
Uma tendência no local de trabalho que está a desaparecer é o hustle, que glorifica a ocupação constante e a expetativa de que os empregados trabalhem horas excessivamente longas. Esta tendência tem sido associada à falta de equilíbrio, ao esgotamento e a um impacto negativo na saúde mental. Esta mentalidade também pode sufocar a criatividade e a inovação.
6. Trabalho 100% remoto
Susan Sadler, Diretora e Professional Certified Coach, Sadler Communications LLC
A flexibilidade do trabalho remoto está a desaparecer. As empresas com espaço de escritório exigem que as pessoas que vivem a uma distância razoável regressem, mesmo que seja um dia por semana. O regresso ao trabalho após a pandemia tem sido uma abordagem de tentativa e erro – não existe um manual de instruções. Embora o trabalho remoto proporcione liberdade e autonomia, não há substituto para as ligações pessoais.
7. Oferecer benefícios de baixo valor
Krista Neher, CEO, Boot Camp Digital
As regalias de baixo valor, como mesas de matraquilhos, massagens, snacks e outros truques no escritório, já não são necessários. Os empregados percebem estas táticas e não se sentem muito motivados por elas. Em vez disso, concentrar-se na cultura empresarial, no trabalho significativo, na compensação justa, nas oportunidades de aprendizagem e no crescimento profissional conduzirá a uma força de trabalho mais feliz e motivada.