Uma nova pesquisa mostra que a relação dos portugueses com os livros já teve dias mais positivos, com cerca de 4 em cada 10 a afirmar que, nos últimos tempos, tem vindo a perder hábitos da leitura. As tarefas domésticas e as redes sociais são apontadas como as principais razões para se dedicar menos horas à leitura.
A análise elaborada pela Preply, uma plataforma online de aprendizagem de idiomas, mostra ainda que a maioria dos portugueses (77%) prefere o livro físico, em detrimento do ebook ou audiolivro.
Em Portugal, foram inquiridas cerca de 500 pessoas, via online, com o objetivo de aferir hábitos e preferências de leitura.
Géneros literários
Em relação aos géneros literários, os livros de ficção (58,4%) e mistério e suspense (50,7%) lideram o pódio no qual também se destacam autoajuda (37%), fantasia e ficção científica (36,1%) e as histórias de amor (25,2%).
Ao serem questionados sobre as situações que mais pedem a companhia de um livro, 9 em cada 10 inquiridos refere preferir momentos tranquilos em casa, enquanto outros afirmam ler mais durante férias e viagens (35,9%), em praças e parques (28,2%) e em filas de espera (16,7%).
Exigências de trabalho são o maior obstáculo à leitura
Perante um cenário de excesso de informação e escassez de tempo, o estudo mostra que os portugueses tendem a ver a relação com os livros de forma negativa. Cerca de 42% dos inquiridos refere uma relação de distanciamento com os livros, seja porque nunca tiveram interesse na literatura (9,6%) ou porque perderam o hábito de ler livros ao longo dos anos (32,9%).
Por outro lado, 31,2% acredita estar a ler cada vez mais, ou que têm mantido o habito ao longo do tempo (26,1%).
Os obstáculos apontados são diversos, na sua maioria, os compromissos profissionais (49,6%) e familiares (44,9%) ou as tarefas domésticas (48,3%).
A maioria lê em outros idiomas
Cada vez mais portugueses leem em outros idiomas, uma vez que se tornou um requisito mais comum no âmbito profissional e educacional.
A maioria (63,6%) dos portugueses disseram não ter grandes desafios durante esse tipo de leitura, seja por compreenderem parcial (40,9%) ou totalmente (22,7%) pelo menos um idioma para além do português. Trata-se de uma percentagem mais elevada do que aqueles que afirmaram ainda não ler noutra língua, limitação enfrentada por 36,4% dos respondentes.
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