No início Web 1.0
Para quem já utiliza a internet há bastante tempo, percebe que a sua experiência de navegação melhorou e evoluiu tecnologicamente ao logo dos anos, o caminho da evolução divide-se em três fases principais: web 1.0, web 2.0 e web 3.0. No caso da Web 3.0, podemos encontrar os seus conceitos principais em contextos como Blockchains, Criptomoedas, Smart Contracts e Inteligência Artificial. O desenvolvimento tecnológico e a sua procura permitiram desenvolver serviços descentralizados e suportados em semântica de forma a melhorar a segurança, a privacidade e a experiência do utilizador, ou seja, tem como objetivo proporcionar um melhor controlo.
Não nos podemos esquecer, que a Web iniciou-se em 1989, com o considerado pai da World Wide Web, Tim Berners-Lee, cientista inglês, que trabalhava no CERN. Na altura os conteúdos eram estáticos, não existindo interatividade. No entanto Tim conseguiu prever a web 3.0, a que chamou web semântica, ou seja, uma realidade em que os computadores reconhecem o sentido dos conteúdos e trabalham em cooperação.
Tim Berners-Lee, pictured at CERN (Imagem: CERN)
Na altura não havia interfaces gráficos, e, portanto, não existiam imagens, áudio ou vídeo.
A primeira página Web foi publicada em 6 de agosto de 1991 com informação sobre o projeto World Wide Web. Descrevia como criar páginas e explicava como utilizar o hipertexto. Era executada num computador NeXT, no European Organization for Nuclear Research, conhecido como CERN que tinha um papel colado a com a seguinte frase:
This machine is a server. DO NOT POWER IT DOWN!!
Link para a primeira página http://info.cern.ch/hypertext/WWW/TheProject.html
A seguir surgiram os navegadores web que adicionaram tecnologia, estamos a falar do Netscape, Mosaic e Internet Explorer.
Nota: Algumas tecnologias eram incompatíveis, por isso só funcionavam num Navegador específico e deu-se a disseminação do correio eletrónico.
A primeira fase da World Wide Web, foi entre 1991 e 2000. Na altura o correio eletrónico facilitou a comunicação pessoal e profissional, no entanto não existia interação, a informação era estática, experimentava-se a escrita de notícias, uma tímida promoção de alguns negócios, não existia nenhum sistema de monetização de tráfego ou cliques. Havia sim, um fascínio de criar e publicar informação que só se encontravam acessíveis nas revistas, jornais ou livros.
Uma década depois surge a Web 2.0
Uma década após o lançamento da Web 1.0 temos a Web 2.0 com Java Script e PHP em 1995, Java em 1996. Estes avanços permitiram transitar de uma Web estática para uma Web dinâmica e interativa, não só obter informação, mas também registar informação nos sítios. Alguns dos serviços que surgiram na altura, ainda hoje os utilizamos como o Google, a Amazon, o Twitter, o WordPress, o Blogger, o YouTube. Outros perderam protagonismo ou desapareceram como o Altavista, Yahoo!, Netscape, Napster, Kazaa e Emule. A banda larga ajudou bastante à democratização e transição na fase Web 2.0. No meio destas linhas, ainda me lembro do mIRC e da rede PTnet, do portal TerraàVista que chegou a estar “em baixo” durante uma semana e que também se chamou TerraVista, das BBS’s, dos modens analógicos e dos períodos que pagávamos para além da internet, enfim outros tempos. Como indicado, surgem os blogs, as transmissões de vídeo, as redes sociais, o comércio eletrónico, os smartphones, uma evolução ou revolução na relação com a web, de fonte de pesquisa para ponto de encontro, encurtando distâncias entre pessoas e entre empresas. É na Web 2.0 que o Google se consolida como principal motor de pesquisas, nasce o Facebook, Twitter, Signal, WhatsApp, Telegram, Instagram, Tiktok e as plataformas Uber, Bolt, Globo, AirBnB, etc.
(Continua)